sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sessão Conjunta na Loja Estrela D`Alva nº16 Grandes Lojas DF.

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A A.: R.: L.: S.: Mensageiros da Arte Real nº 3.189, Oriente de Águas Lindas de Goiás-Go, reuniu-se em sessão conjunta com a Loja Estrela D`Alva nº 16, Grandes Lojas do Distrito Federal no dia 27/09/2011, as 20h00minh, com a presença dos valorosos IIr.: .

Fotos Ir.: Cícero

Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

terça-feira, 27 de setembro de 2011

27º Aniversario da A.:R.:L.:S.: Pioneiros de Brasília



Loja Maçônica Pioneiros de Brasília nº 2288 comemora o seu 27º aniversário de fundação




A Augusta e Respeitável Loja Simbólica Pioneiros de Brasília nº 2288, Federal ao G.'.O.'.B.'. e Jurisdicionada ao G.'.O.'.D.'.F.'., Oriente de Brasília-DF, comemorou nesta última segunda-feira, 19 de setembro,o seu 27º aniversário de fundação. No Sólio, o Venerável Mestre, Ilustre Ir.'. DEUSDET NONATO MATHIAS FILHO, ladeado pelo Ilustre Ir.'. PAULO FERREIRA DOS SANTOS e do Grande Primaz do Rito Brasileiro, Soberano Ir.'. NEI INOCENCIO DOS SANTOS, juntamente com sua Comitiva composta dos Sereníssimos Irmãos CESAR ROBERTO DANIEL DOURADO, Chefe de Gabinete e JOSÉ ROBSON GOUVEIA FREIRE, Grande Secretário da Magna Reitoria.



Estiveram presentes inúmeros Irmãos representantes de Lojas da jurisdição. Pelas Sereníssimas Grandes Lojas do DF, compareceu o Irmão Devaux, V.'.M.'. da A.'.R.'.L.'.S.'. Templários de Brasília, que brindou a Loja com um mimo de rara beleza. Na ocasião o Pod.'. Ir.'. MAURO MAGALHÃES AGUIAR, Ex-Venerável Mestre (2003/2005 - 2007/2009) e atual Secretário Adjunto de Orientação Ritualística para o Rito Brasileiro do GODF, leu uma belíssima Peça de Arquitetura contendo a maravilhosa história da Loja, seguindo-se a entrega da Comenda Mérito Pioneiros de Brasília aos Irmãos BRADEMIR WOLFF DA SILVA, JAIMEI QUIRINO DA COSTA e JOAQUIM MACEDO SOBRINHO (Venerável Mestre e Obreiros da ARLS João Rosário Dória nº 2533, respectivamente).



A Oficina foi fundada em 19 de setembro de 1984, por 27 Irmãos (2011 - 27 anos!!!, olha aí a numerologia nos acompanhando!!!), muitos destes integrantes da Loja Maçônica Guatimozim nº 2107 (Primaz do Rito Brasileiro no DF), e sua denominação constitui-se em justa homenagem aos pioneiros, que, com seu trabalho, construiram a Capital Federal. Agradecemos, penhoradamente, ao Resp.'. Ir.'.Pedro Nelson Carneiro por ter-nos brindado com as fotos anexas e ao Resp.'. Ir.'. CELSO VENEROSO CASTRO, pela bem elaborada Tabela a seguir reproduzida.





MEDALHAS: 07/14/21 e 28 ANOS DE RITO BRASILEIRO

N O M E C.I.M. / I.R.B. RITO BRASILEIRO MEDALHA

01 - Alexandre Nogueira Martins CIM – 203.440 2004 7 ANOS

02 - Alisson Antonio de Oliveira Silva CIM – 218.780 2001 - Loja - 7 ANOS

03 - Anuar José Elias Júnior CIM – 206.624 2000 7 ANOS

04- Carlos Porfírio da Rocha CIM – 211.735 2001 7 ANOS

05 - Celso Veneroso Castro CIM – 220.625 2004 - PAG - 7 ANOS

06 - Deusdet Nonato Mathias Filho CIM – 211.736 2001 - PAG - 7 ANOS

07 - José Milton Rodrigues CIM – 224.732 2004 7 ANOS

08 - José Luiz de Lima Nascimento CIM –207.145 2000 7 ANOS

09 - Luzimar Gomes Pereira da Silva IRB – 5.631 2000 7 ANOS

10 - Marcos Alberto Teles Barbosa CIM –218.779 2001 7 ANOS

11 - Marlon Marcos Dantas Araujo IRB – 5.722 2001 7 ANOS

12 - Francisco Jose Dantas Pereira CIM –202.866 1999 - Loja - 7 ANOS

13 – Eurilio Romero Carneiro CIM –161.989 1999 - Loja - 7 ANOS

01 - Juracy de Jesus Gama - In memoriam IRB – 5.630 1997 - Loja - 14 ANOS

02 - Jaime Quirino da Costa IRB – 3.532 1993 - PAG - 14 ANOS

01 - Valteir Marcos de Brito - In memoriam IRB – 2.568 1985 - Loja - 21 ANOS

02 - Joaquim Macedo Sobrinho IRB – 3.532 1989 - PAG - 21 ANOS

03 - José Robson Gouveia Freire CIM – 143.202 1988 21 ANOS

01- Antonio Augusto Pessoa de Almeida IRB – 3.683 1981 - Loja - 28 ANOS

02 - Guilherme Fagundes de Oliveira CIM –99.891 1981 - Loja - 28 ANOS

03 - Iratan da Silva Rodrigues CIM – 105.076 1981 - Loja - 28 ANOS

04 - Ivaldo de Melo Medeiros CIM – 44.730 1981 - Loja - 28 ANOS

05 - José Americo de Oliveira Mendes CIM – 136.396 1983 28 ANOS

06 - Paulo César Pedroso de Campos CIM – 116.505 1981 - Loja - 28 ANOS

07 – Osvaldo Nunes dos Santos CIM – 136.397 1983 - PAG - 28 ANOS

08- Uguaraci Pereira de Oliveira CIM – 136.395 1983 28 ANOS

09 - Vicente Alves dos Santos CIM – 128.432 1983 28 ANOS



A Loja Mensageiros da Arte Real nº 3.189, Oriente de Águas Lindas de Goiás-GO, se fez representar pelos valorosos IIr.: Pedrosa, Cloves e Cícero, em uma sessão Magna em comemoração a 27º aniversario da Loja Pioneiros de Brasília Rito Brasileiro, uma bela festa com entrega de medalhas para IIr.: com sete, quatorze, vinte e um, vinte e oito anos de loja e para os fundadores. Foi uma demonstração de carinho para com os irmãos, ações como essa faz da nossa Ordem uma coisa única e milenar.




Fotos tiradas pelo Ir.: Pedro Nelson Carneiro

Enviadas por E-mail pelo Ir.: Carlos Aguiar

Postadas pelo Ir.: Cícero Carvalho






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

OS TRÊS PONTOS MAÇÔNICOS

 – Por Rivaldo Pedroza

A maçonaria é a mais ampla e antiga organização fraternal do mundo.

Muito se tem escrito e estudado sobre Maçonaria, e por mais que se estude e escreva nunca será esgotado e interessante assunto cujas raízes remontam ao aparecimento do homem sobre a terra, ou talvez antes! Quem sabe?

Saibam nós Maçons que por muito que estudemos - sempre seremos aprendizes-porquanto difícil e profunda á matéria que deu corpo à chamada "Arte Real"

Por isso dizer que a ordem Maçônica é uma associação de homens sábios e virtuosos, que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros, na prática de virtudes.

Onde verificamos ser um sistema de Moral, velado por alegorias, palavras e ilustrado por símbolos.



"Encontramos estes Três Pontos, harmonicamente, juntos e diferenciados numa Unidade Oriental e numa Dualidade Ocidental nas três Luzes do Altar dos Juramentos, em tomo do Livro da Tradição que leva através dos séculos à Eterna Verdade, e dos instrumentos que são necessários para compreendê-la e aplicá-la."



Origem do Sinal



O ponto, do latim, punctus, de pungere, é originalmente um sinal ou mancha semelhante ao que deixa uma picada de agulha. Euclides o definia como “o que não tem dimensão alguma". sendo, em Geometria, a origem de toda linha, como também o lugar onde duas linhas se encontram,



Nós Maçons usamos colocar depois de letras três pontos em forma triangular (∴). Tais letras são geralmente as iniciais de um titulo ou de um termo técnico maçônico, como por exemplo, G∴ M∴ significa Grão-Mestre, G∴ O∴ Grande Oriente, etc. Esta maneira de pontuar foi chamada tripontuada e foi utilizada pelos Maçons como abreviatura de certas palavras muito conhecidas.



Não obstante. o emprego das abreviaturas não pode ser indiscriminado devendo obedecer a algumas regras a fim de não ser objeto de confusões e equívocos. A tripontuação só deve ser usada como abreviatura atrás de letra inicial de uma palavra, quando esta palavra não pode ser confundida com outra. Havendo possibilidade de confusão é preferível usar-se a primeira sílaba ou as primeiras letras do vocábulo, escrevendo, por exemplo. Ap∴ para evitar confusão com outras palavras como Altar, Arquiteto. etc ..



Em se tratando de duas palavras diferentes começando com a mesma inicial, esta será usada isoladamente quando a abreviação for consagrada pelo costume. Assim, Maçam deve escrever-se Maç∴ bastando escrever M∴ para Mestre, já que foi estabelecido desta forma pelo uso.



Sendo abreviadas várias palavras ao mesmo tempo, deve ser empregada apenas a inicial de cada uma embora existam entre elas palavras que possam ser confundidas com outras.

O ajuntamento de todas ela impedirá a confusão. Por exemplo, a expressão S∴ C∴ R∴ C∴, significando Soberano Capítulo Rosa Cruz, dificilmente será confundida com outra.



Finalmente. o plural de uma palavra faz-se dobrando-se a primeira letra: Exemplo. escrever MM∴ para expressar Mestres; MMaç∴ para Maçons e Aprendizes.



Os antigos conheciam o emprego da escrita abreviada. Desta forma, a reter as palavras de Sócrates, Xenofontes servia-se de signos particulares. Tirando, liberto de Cícero. recolhia os discursos do orador mano com o auxílio de signos abreviativos, que se tornaram célebres sob o nome de notas tironianas.



As abreviaturas eram tão comuns nos manuscritos do século VI e o seu emprego tão abusivo que o Imperador Justiniano foi obrigado a proscrevê-las. Não obstante, a partir do século X, elas se multiplicaram de maneira extraordinária. Em 1304, Filipe o Belo de França publicou uma ordenação para proibir em atas notariais e nos autos jurídicos todas as abreviaturas que expunham tais documentos a serem falsificados ou mal interpretados.



A invenção da tipografia devia faze-Ias desaparecer; não obstante, o hábito estava tão arraigado que muitas delas são encontradas nos primeiros livros impressos.



Hoje em dia, porém, as abreviaturas são codificadas e não mais oferecem dificuldades; sem embargo, a sua proibição é expressa em autos públicos civis e noticiários. O estudo das abreviaturas utilizadas em manuscritos: cartas e diplomas acabou tornando-se uma ciência que é uma parte importante da Paleografia.



Origem dos Três Pontos da Maçonaria



Os Três Pontos usados pelos Maçons em seus documentos e impressos têm. portanto, a sua origem nas abreviaturas, tradição antiquíssima que a Maçonaria trouxe até nós. A Encyclopedia of Freemasonry" de Mackey é taxativa neste particular, afirmando peremptoriamente:





“Não é um símbolo, mas simplesmente uma abreviatura."



Entretanto, posteriormente, os Três Pontos foram relacionados com os símbolos maçônicos, recebendo interpretações simbólicas e esotéricas e foram usados na assinatura dos Maçons. Mas esta é uma prática que não foi nada pela Maçonaria inglesa.



O uso dos Três Pontos teve início na França, onde foram utilizados com abreviatura em documentos maçônicos. E embora não fosse admitido pelos Maçons ingleses o costume foi geralmente adotado, espalhando-se gradativamente a muitos países, inclusive nos Estados Unidos.



Segundo afirmou Ragon em sua "Ortoxia Maçônica", a abreviatura dos Três Pontos foi utilizada pela primeira vez na Circular de 12 de agosto de 1774, onde se lia "G.•. O.', de France". Naquele aviso, o Grande Oriente informavam às Lojas de jurisdição que transferira a sua sede no antigo noviciado dos jesuítas, sito à Rua Pot-de-Fer, e que alugara quando aquela ordem religiosa foi expulsa da França.



Não obstante, F. Chapuis contesta Ragon, afirmando que os Três Pontos já apareciam nas atas da Loja “La Sincérité" ao serem mencionadas as eleições de 3 de dezembro de 1764, isto é, dez anos antes da data apontada por Ragon, estando dispostos naquele documento de quatro maneiras diferentes:


1° - Em triângulo repousando sobre a sua base (∴);

2° - Em ângulo reto; dois pontos um sobre outro e mais um ao lado: (∴);

3° - Em triângulo cujo vértice ficava à direita: (: .);

4° - Em forma de reticências: ( ... ).

Há quem supõe que os Três Pontos tenham sido uma herança deixada à Maçonaria pelos Rezas-cruzes do século XVII. Nada, porém, apóia esta suposição. Outro, como Jean de Pavilly, buscam a origem dos Três Pontos no e principalmente no rito de Uberdade ("Companheiros de Liberdade” ou do "Dever de Liberdade").

Houve uma época em que certos clericais tomaram a Maçonaria como alvo de seus furores, procurando ridicularizar todos os usos e costumes não escapando a tripontuação. É certo, não obstante, que a própria cúria romana usou a forma de abreviação tripontuada muitos antes dos Maçons.

A Transformação da Abreviatura em Símbolo

Embora os Três Pontos fossem, no inicio, uma simples forma de abreviatura, não tardaram os simbolistas a se apoderarem deles, transformando-os em símbolo, ao qual foi dado as mais variadas interpretações.

Inicialmente, o emprego da abreviatura em documentos maçônicos deve ter sido sugerido pela preocupação do segredo. Tem razão o Ir∴ Adolfo Terrones Benitez quando afirma, em sua obra “Los Treinta y tres Temas del Aprendiz Mason". que:

"Os Três Pontos são usados nas abreviaturas dos escritos maçônicos, por tenderem a desvirtuar, ante a curiosidade profana, o significado do que, na realidade, se trata de expressar. Constitui também um escudo de que se serve a Maçonaria para despistar e defender ou manter no Segredo os mistérios que só em Loja é possível dar a conhecer.

Por último, os Três Pontos são os genuínos emblemas do Segredo, por recordar-nos constantemente os nossos Juramentos perante o Altar, ao sermos investidos do caráter de Maçons."

Os Três Pontos tomaram-se, pois. um símbolo, o símbolo da Discrição, o que constantemente é trazido à lembrança dos Maçons no momento em que apõem à sua assinatura. Acredita-se, entretanto, que a idéia de transformar os Três Pontos em símbolo foi provavelmente sugeri da pelo caráter sagrado com '9 o número três foi revestido em todos os tempos. E a "Encyclopaedia" de Mackey admite que os Três Pontos poderiam ser também uma referência à posição ocupada pelas três Luzes numa Loja francesa. Efetivamente, os altares dos vigilantes ocupam a extremidade das Colunas Norte e Sul, tendo como vértice o altar do Venerável no Oriente.

Mas os Três Pontos, na forma de triângulo eqüilátero, geralmente usados pelos Maçons nas abreviaturas, unidos por linhas, produzem o triângulo, primeira figura da superfície geométrica e origem da Trigonometria, base de todas as medidas.

Assim, foram relacionados os Três Pontos com as Tríades, as Trilogias, as Trindades etc. e daí, os simbolistas os associaram ao Delta luminoso, unidade abstrata que se encontra na base de todas as religiões.

O Triângulo

Em sua "Pequena Enciclopédia Maçônica", Octaviano de Meneses Bastos reproduz alguns conceitos de Ramée - Daniel Ramée, autor de uma "História Geral da Maçonaria” - que são os seguintes:

"O Triângulo, conquanto composto de três linhas e três ângulos, forma um todo completo e indivisível.

Todos os outros polígonos se subdividem em triângulos e são compostos de triângulos. Este é, pois, o tipo primitivo que serve de base à construção de todas as superfícies, é por esta razão ainda que a figura do triângulo é o símbolo da existência da divindade, bem como da sua potência produtiva ou da evolução.
Por isto, o Triângulo, um dos mais antigos símbolos da humanidade, figurava para os antigos a idéia de geração, de criação. É de fato, uma imagem sintética do que é.

Os simbolistas davam ao Triângulo a idéia de Eternidade ou de Deus Eterno. Os três ângulos significam para eles Sabedoria, Força e Beleza, atributos de Deus, e representavam também o Sal, o Enxofre e o Mercúrio que segundo os herrnetistas, eram os princípios da obra de Deus. Os três ângulos representam ainda os três reinos, da Natureza. Império do Criado e as a revolução perpétua: Nascimento, Vida e Morte, revolução que ema sem ser governado. Assim o Triângulo tornou-se o emblema da Divindade e é por isso que a Maçonaria operativa, o Triângulo Eqüilátero era o 10 da Trindade, padroeira dos arquitetos e dos pedreiros.

Interpretações Simbólicas dos Três Pontos

O escritor Maçom J. Corneloup escreveu a respeito do símbolo as seguintes palavras: "O próprio de um símbolo é de ser entendido de várias maneiras segundo o ângulo sob o qual é considerado", de modo que "um símbolo admitindo apenas uma única interpretação não será um verdadeiro símbolo".

Desta forma, transformados em símbolo, não faltaram aos Três Pontos hermencutas para Ihes enriquecerem o simbolismo.

Sendo o Triângulo a mais simples das figuras geométricas, tomou-se a representação gráfica da idéia ternária à qual foi ligado, como também os Três Pontos: pai, mãe, filho; - dia, noite, aurora; - doce, amargo, neutro; - quente, frio, morno; - Sentir, Pensar, Agir; - Vontade, Sabedoria, Inteligência: - Reserva, Valor, Constância. Há centenas de Ternários com os quais podemos ligar o Triângulo e conseqüentemente os Três Pontos.

Para muitos, os Três Pontos representam a divisa maçônica: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Para Ragon, um dos grandes mestres do simbolismo, os Três Pontos significam Passado, Presente, Porvir. Oswald Wirth, outro grande simbolista francês, vê nos Três Pontos uma figuração de Tese, isto é, da idéia que defende; da Antítese, ou seja, da oposição que lhe é feita; e da Síntese, isto é, da harmonia conseguida entre duas idéias opostas, o que representaria, em uma, o antagonismo de duas forças contrárias que, finalmente, encontram o seu ponto de equilíbrio.

Os Três Pontos são uma imagem que evoca a idéia de ponderação e conseqüentemente de tolerância; representam, de fato, os dois extremos e o justo meio. E este símbolo corresponde realmente a idéias maçônicas.

Alguns Comentários Sobre os Três Pontos

Para terminarmos, acrescentaremos ao presente trabalho alguns entre inúmeros comentários que os escritores Maçons fizeram sobre os Três Pontos, como exemplo da fertilidade da imaginação humana e também para demonstrar que um símbolo se presta às mais variadas manifestações do pensamento: religiosidade, filosóficas, esotéricas, morais, etc.

Na obra, já citada, Octaviano de Meneses Bastos tece os seguintes comentários:

"Três são os pontos que o neófito deve se orgulhar de apor ao seu nome, em que pese aos nossos adversários, quando pensam nos ridicularizar com o epíteto de “Irmão três pontinhos”!

Estes três pontos, como o Delta luminoso e Sagrado, são um dos nossos emblemas mais respeitáveis.

Eles representam todos os temários conhecidos e especialmente as três qualidades indispensáveis:

Vontade,

Amor e Sabedoria Inteligência

Estas qualidades são absolutamente inseparáveis uma da outra e devem existir, em equilíbrio perfeito, no candidato à Iniciação para que possa ter uma iniciação real, vivida e não emblemática.

Demonstra Octaviano Bastos, a seguir, que um ser dotado de Vontade, sem sentimentos afetuosos e sem intelectualidade, é um bruto. Um ser com inteligência mas sem vontade e sem sabedoria ou amor, será um egoísta inútil.

Um homem apenas dotado de Amor e Sabedoria mas desprovido de Vontade e de Inteligência, terá uma bondade inútil. E conclui o autor:

"Vê-se pois, que todo o Maçom que quiser ser digno desse nome deve cultivar igualmente essas três qualidades, representadas pelos três pontos que apõe ao seu nome, quais as três estrelas que brilham ao Or.: da Loja."

O Maçom precisa ter sempre presentes as leis do equilíbrio universal, que tanto se fazem sentir no mundo material, como no mental e no espiritual.

Atraído violentamente por duas forças, antagônicas que procuram destruir-se mutuamente, o Maçam deve manter-se em equilíbrio constante, pois assim é que poderá alcançar a paz e a harmonia interna, que, com toda certeza, hão de fazer sentir a sua atuação na sua vida externa.

Na obra que já citamos, o Ir∴ Adolfo Terrones Benítez, escreve a respeito dos Três Pontos:

“Os Três Pontos são o Número de Luz, visto que são os que aparentemente recorre o Sol em sua carreira durante o dia, pois que, ao sair pelo Oriente, eleva-se até o zênite, pondo-se no Ocidente. É também uma evolução perfeitamente aplicada ao neófito, durante a sua iniciação, circunstância pela qual deve sentir-se satisfeito em poder usar, depois do seu nome, os Três Pontos."

Finalmente, em sua obra "Le Livre de l’Apprenti”, Oswald Wirth tece os seguintes "comentários filosóficos":

“A Tri-Unidade de todas as coisas é ao mistério fundamental da Iniciação intelectual; o Maçom que orna a sua assinatura com Três Pontos em triângulo, dá a entender que sabe fazer voltar pelo Ternário, o Binário à Unidade. Se ele pode realmente elevar-se à altura do ponto que domina os dois outros, não se perderá jamais em discussões vãs, pois ele perceberá se dificuldade a solução que se desprende de um debate contraditório. Julgando de cima sem a mínima opinião preconcebida, e com toda a liberdade de espírito, ele fará brotar a luz do choque da afirmação e da negação.

É por causa da importância excepcional do Temário que a Maçonaria relembra-lhe a lei em seus principais símbolos. Um dos mais impressionantes neste particular é o "Delta luminoso" ...

Conclusão

A análise do que foi dito nestas páginas permite-me inferir que a abreviação tripontuada continha, originariamente, a idéia subjetiva do segredo, expressa através do número três, número que em todos os tempos foi revestido de caráter sagrado, e que pode ser encontrado na base de todas as religiões e de todas as filosofias.

o apurado estudo das relações matemáticas, levou o sábio Pitágoras a constituir um sistema universal, no qual os números eram considerados os princípios de todas coisas. Segundo este sistema os próprios números têm por princípio a Unidade ou Mônada. Oeste ponto de partida estabeleceu-se uma ciência, que os ocultistas chamaram numerologia, e que exerceu a maior influência na Antigüidade e na Idade Média. e. embora com menor intensidade, também nos tempos modernos.

Segundo a numerologia, Deus é a Unidade Absoluta e Primordial a Mônada das Mônadas; a Matéria é a Díade (Dualidade) indefinida. Princípio do Mal. E por ser ela o elemento da dúvida, do desequilíbrio, da contradição, os antigos a consideravam como o Inimigo, o que os gregos exprimam pelo vocábulo diábolos, do qual se originou no cristianismo a figura do diabo. O número três, por sua vez é o símbolo da Tríade e é também, o número da Criação, pois representa nela os princípios da transmutação da manifestação e da renovação. Segundo escreveu o ocultista Elifas Levi "Deus se cria eternamente a si mesmo e o infinito que está repleto de suas obras é uma criação incessante e infinita". Portanto, se acrescentarmos ao número dois mais uma unidade, terminará a desarmonia e o triângulo assim constituído será uma unidade completa e perfeita.

O número três acha-se intimamente ligado ao Aprendiz através do simbolismo das viagens, da marcha, da idade, etc. Ao induzi-Ia a colocar os Três Pontos após o seu nome, a Maçonaria pretende relembrar-lhe os compromissos assumidos no dia de sua iniciação, e particularmente o restado de guardar em segredo tudo o que visse e ouvisse.

Sem dúvida, a Maçonaria nada tem a ocultar e não possui segredos perigoso. Entretanto, obrigando o Aprendiz a manter-se em segredo, a Maçonaria impõe-lhe um esforço que lhe há de exercitar e retemperar o caráter, revigorar e dar maior firmeza à sua vontade, acostumando-o a manter sobre si mesmo um domínio cada vez maior.

Daí dizer que a função dos símbolos maçônicos é adestrar e disciplinar.

Estudando-os com interesse e aplicação o Maçom neles encontrará inesgotável fonte de ensinamentos que serão de grande auxílio ao aperfeiçoamento moral, ao mesmo tempo que, imperceptível e poderosamente, exercerão grande influência benéfica em nossa vida social e sobretudo em nossa vida espiritual.

Por isso causa espanto e admiração, encontrar-se Irmãos Maçons que nunca se preocuparam em estudar o simbolismo maçônico, ignorando e desperdiçando assim o tremendo potencial de forças construtivas que nele são concentradas.

"Onde estes Três Pontos sintetizam admiravelmente o Mistério da Unidade, da Dualidade e da Trindade, ou seja o Mistério da origem de todas as coisas e de todos os seres. "





                                  ∴

Bibliografia

BASTOS, Octaviana de Menezes. Pequena Enciclopédia Maçônica. Editora o Jomal "O Malhete", São Paulo, 1952.

BENITEZ, Adolfo Terrones. Los Treinta y Ires Temas dei Aprendiz Masón. Prof. Afonso León Garcia, Editor Toluca, México, 1933.

BOUCHER, J. La Symbolique Maconnique.Dervy, Paris, 1953.

BOUILLET, M. N. Dicfionnaire Universel des Sciences, des Lettres et des Arts. Hachette & Cie, Paris, 1896.

LEMOS, Maximiano. Enciclopédia Portuguesa Ilustrada. Lemos Sucessores, Porto.

MACKEY, Albert G. & MCCLENACHAN, Charles T. An Encycloapedia of Freemasonry. The Masonic History Co Chicago, 1925.

MAGISTER. Manual deI Aprendiz.Editorial Kier, Buenos Aires, 1946.

PLANTAGENET, Edouard E. Causeries Initiatiques pour le Travail em Loge d'Apprenfis. Dervy, Paris, 1957.



RTH, Oswald. Le Uvre de /'APDrenti. le Symbolisme, Laval, 1962.



(*) A presente Peça de Arquitetura, foi produzida em 26/08/1996 pelo Ilustre Ir∴ Rivaldo Pedroza, M∴I∴, atual V∴M∴ da A∴R∴L∴S∴ Mensageiros da Arte Real nº 3189, Federada ao G∴O∴B∴ e Jurisdicionada ao G∴O∴E∴G∴, sita no Oriente de Águas Lindas-Goiás.



Postado pelo Ir.:Cícero Carvalho

FRATERNIDADE

A palavra fraternidade vem do latim “frater” que dizer irmão. É uma associação usada para demonstrar que todos os homens podem viver como irmãos da mesma carne.

Ser fraterno, é ser irmão, é o inicio para uma nova vida. É dividir com o outro até o que não se tem.

A ideia de afecto, união, carinho ou parentesco entre irmãos estava presente na palavra - adelfótes correspondente no grego comum do primeiro século. Segundo o apóstolo Pedro era o tipo de união que identificava os verdadeiros cristãos. - 1Pedro 2:17

A fraternidade é expressa no primeiro artigo da Declaração universal dos direitos do homem quando ela afirma que todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e de consciência e devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

A idéia de fraternidade estabelece que o homem, como animal político, fez uma escolha consciente pela vida em sociedade e para tal estabelece com seus semelhantes uma relação de igualdade, visto que em essência não há nada que hierarquicamente os diferencie: são como irmãos (fraternos). Este conceito é a peça-chave para a plena configuração da cidadania entre os homens, pois, por princípio, todos os homens são iguais. De uma certa forma, a fraternidade não é independente da liberdade e da igualdade, pois para que cada uma efetivamente se manifeste é preciso que as demais sejam válidas.

Por isso, São João nos mostra que a fraternidade é uma forma de se viver, bem e em paz com nossos semelhantes.

Quando em sua primeira carta ele nos fala: Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, por que o amor vem de DEUS (G.:A.:D.:U.:), E todo que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

E ainda, nos deixou que temos este Mandamento: O QUE AMAR A DEUS, AME TAMBÉM A SEU IRMÃO.





Recebi por e-mail do Ir.: Nildomar

Postado pelo Ir.: Cicero Carvalho

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

GQ desvenda a dieta da virilidade e aponta os alimentos desfavoráveis para a libido



Alho, gengibre, chocolate, cereja: alimentos que previnem doenças cardíacas também trabalham a favor de sua saúde sexual
Por Heather Hurlock e Wilson Weigl, da GQ


A edição de setembro da GQ traz grátis um suplemento especial de 66 páginas sobre saúde e bem-estar. Uma de nossas matérias especiais na edição é um achado importantíssimo e embasado esquadrinhando uma dieta para os homens melhorarem sua virilidade, além de evitar alguns alimentos sabotadores da libido – sim, você não quer descobrir que sua alimentação não te favorece, certo? “Hoje, sabe-se que a mesma dieta que previne doenças cardíacas trabalha a favor da saúde sexual, pois boa parte dos casos de disfunção erétil tem causa vascular”, explica Celso Gromatzky, urologista do Hospital Sírio-Libanês e coordenador do setor de Medicina Sexual da Faculdade de Medicina do ABC. “Pesquisas mostram que, em muitos casos, a manifestação da disfunção erétil precede em cinco anos um possível infarto.

Neurotransmissor do bem
As células endoteliais, que revestem internamente todas as artérias do corpo, inclusive as do pênis, desempenham papel crucial na liberação do óxido nítrico, o neurotransmissor mais importante no mecanismo da ereção, responsável por relaxar a musculatura dos corpos cavernosos do pênis e permitir a entrada do sangue. “Uma alimentação saudável evita aterosclerose, o entupimento das artérias causado por excesso de gorduras”, diz Gromatzky. Frutas como melancia e banana, temperos como alho e gengibre e frutos do mar como salmão e ostras são alguns dos seus aliados. Confira a lista abaixo.


Extraído da revista francesa GQ Saúde
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

sábado, 17 de setembro de 2011

Entrega do terreno da loja Maçonica Mensageiro da Arte Real n. 3.189



 Um dos momentos mais vibrante já vivido pelos IIr.:, foi quando o Prefeito e Ir.: Cesar Gomes, fez a entrega do terreno e mapa com as medidas do terreno onde será edificado o nosso templo, momento esse de maior apsi, e que estava ali se concretizando parte dos sonhos dos IIr.: fundadores da loja, esse Ir.: que narra esse acontecimento, lembra-se da alegria no semblante de todos, a emoção tomou conta do local, afinal ali estava uma etapa sendo realizada, pois vivíamos usando uma loja muito longe do nosso Oriente, naquele instante já começávamos planejar o inicio da construção, sim porque o espirito de um irmão é de obreiro, logo vi o Ir.: Gibrail apontando para o fundo e dizendo ali e o melhor local para construir a loja, em seguida todos nós em nosso consciente víamos a loja pronta, como é bom fazer os nossos sonhos virarem realidade, em fim ficamos apreciando aquele terreno enorme, e que aqui será edificado mais um templo de Salomão, isso tudo só foi possível com a graça do Grande Arquiteto do Universo, e o empenho dos nossos valorosos IIr.:, isso me fez lembrar do Salmo 133 [Oh! Quão bom e quão suave que os irmãos vivam em união! ...] é dessa união que podemos afirmar que tudo é possível, foram muitas lutas mas o final foi gratificante, não foi?
Segue a relação dos IIr.:
Gibrail, Andre, Devid, Nilzon, Marrocos, Cicero, Marcelinho, Manoelides, Jadir, Jorge, Clovis, Aragão, Jantuir, Cel. Elias, Silvério, Marcelo, e os que por motivos alheios a suas vontades não puderam estar presente mas os seus nomes foram lembrados.


Redação e postagem Ir.: Cícero Carvalho




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NÓS E A MAÇONARIA NO SÉCULO XX

 Para entendermos a Maçônaria no século XX, ou mais precisamente, a atuação dos Maçons nos dias contemporâneos, necessário se rebuscarem com bastante zelo investigativo a historia de nossa Sublime Instituição. Duas fases a dividem: A Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa. Maçonaria Operativa era aquela dos pedreiros livres, dos mestres construtores, trabalhadores especializados, onde, a lenda viva, espelha a construção do Grande Templo físico de Salomão. Maçonaria Especulativa emerge com o arvorecer de uma nova era chamada renascença o reforma no século XV, época em que a atividade cultural e o desencadeamento de um novo e vital espírito de liberdade ganham maiores e melhor terreno e se ampliam do velho mundo para outros horizontes da terra. E já, no decorrer do século XVIII, a especulação firma-se no seio da Maçonaria e esta praticamente deixava de ter seu caráter puramente operativo para também passar a ter tendências filantrópicas. As lojas começaram a se legitimar e a se congregar em 1717, formando em número de quatro, as Grandes Lojas da Inglaterra, unificando os Rituais e os regulamentos em 1723, Um marco decisivo na historia da humanidade, foi à queda da bastilha, na França, quando a Maçonaria desfralda a Bandeira da liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, até então, cultivada no âmago das aspirações de toda sociedade. A despeito de várias perseguições, de maneira constante e drástica, a nossa Sublime Ordem, sofreu uma série de transformações de caráter apenas estrutural através dos tempos em que a evolução humana fez-se natural. É licito afirmar-se que mesmo com as intempéries da vida, a Maçonaria não perdeu a sua essência, permaneceu pura, justa e perfeita. Agora, no século XX, a humanidade sofre continuadas atribulações no campo social, econômico, intelectual, moral, religioso e finalmente em todos os setores que a atividade humana se faz presente. A sobrevivência de cada ser é ameaçada por tudo e por todos que lhe cercam. Sente que, da justiça, da paz, do dever e da fidelidade que são reflexos do bem, só restam traços que perdem no infinito das admirações. Século XX, em que as forças do mal se agigantam de tal maneira, que até nos faz duvidar mesmo so o bem existe. Século XX, onde a fé e a esperança de um mundo melhor estão sendo lançadas pelas calçadas escusas e sujas das degradações humanas e a espiritualidade, cada vez mais distante, é fator de mediocridade em nosso meio estupidamente materialista. E tudo isso se faz ressentir em nossa Ordem. E de quem é a culpa? É nossa! A Maçonaria é sublime em seus preceitos imutáveis. Nós homens é que nos cobrimos muitas vezes com o manto negro da vaidade e do orgulho e desfilamos na passarela da miséria, da corrupção, da decadência moral e somos iludidos pelo encher dos olhos do materialismo esdrúxulo. Nós falamos muito e cumprimos pouco. Enfim, nós somos tão imperfeitos que merecemos viver nesse mundo de vandalismos no seu sentido mais amplo. Existe uma solução: A Fidelidade! Só ultrapassaremos todos estes abismos que o século XX nos apresenta, só poderemos transpô-los, se formarmos, de maneira coesa, uma corrente inquebrantável de amor, paz e fidelidade para que o real fluxo de solidariedade seja constante em todas as direções. Entendemos que a solidariedade deverá ser a senha dos nossos dias para que a nossa instituição não seja enfraquecida, não tenha que se envergonhar diante do Universo. Que seja forte e lembrada como até hoje o é. Mas, para mantermos o bom nome da sublime Ordem, cabe a cada um de seus Obreiros, depositarem o seu quinhão de fraternidade para a construção de uma Catedral de Amor, onde, os tijolos sejam de virtude e a argamassa seja de solidariedade.


Apresentado p/ Ir.: Cícero Ivan de Carvalho ----  em .13./ Outubro./.2009
ARLS Mensag. Da Arte Real    N. 3.189               Oriente de Águas Lindas de Goiás- GO
Bibliografia: Paginas Floridas da Estrela do Triangulo
Trabalho Publicado Pelo Ir.: Samir Idaló em 23 de julho de 1982
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

Almoço com Cel. Bomb. e Gab. Dep. Fed. Pedro Chaves PMDB

 A loja Maçónica Mensageiros da Arte Real nº.3.189, Oriente de Águas Lindas de Goiás, vem através de sua administração, tratando da instalação do Corpo de Bombeiros e nossa Cidade, no dia 13/09/2011, recebemos a visita do Cel. comandante da região norte, foi oferecido um almoço, e discutido o custo do projeto de  instalação e equipamentos, já havia um agendamento com o Dep. Federal Pedro Chaves (PMBD-GO), para tratar do assunto, em conversa com o Deputado o mesmo sugeriu que o  projeto  fosse entregue no Ministério da Justiça, após o protocolo, o Deputado ira juntamente com a bancada do Goiás se reunir com o Ministro para que o projeto seja contemplado.

ver fotos em anexo

Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

HERÓI OU TRAIDOR DA MAÇONARIA?

D. PEDRO I, e o 07 de setembro



Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, nascido em Lisboa em 12 de outubro de 1798, falecido em 24 de setembro de 1834 aos 36 anos. Em março de 1816, recebeu o título de Príncipe Regente.
Casou-se com Carolina Josefa Leopoldina, arquiduquesa da Áustria. Teve um relacionamento extraconjugal com Domitila de Castro Canto e Melo (1822 – 1829), que recebeu dele o título de Viscondessa e posteriormente Marquesa de Santos.

A história nos mostra que era um homem culto, era versado no Latim, Inglês, Francês e Alemão, era estudioso da Matemática e da Música.

Teve acertos e erros durante o seu reinado, criou uma constituinte liberal que após um breve período de funcionamento, ele decretou o seu fechamento.

As personalidades marcantes da história sempre terão os seus seguidores e fãs, com D. Pedro I, não foi e nem é diferente, Alguns maçons gostam de citá-lo com tendo sido grão-mestre da maçonaria, mas, geralmente fecham os olhos para quem foi a sua figura “real” para a maçonaria deixando de mencionar fatos históricos importantes. A sua vida maçônica teve início em 1822 quando foi iniciado como aprendiz, elevado a companheiro e exaltado a mestre maçom. Jamais mencionam que ele usando de seu poder de rei e através de um golpe arquitetado em conjunto com Joaquim Gonçalves Ledo (a briga pelo poder não é de hoje), assume o título de grão-mestre, alijando do cargo a figura de José Bonifácio de Andrada e Silva. A briga entre Gonçalves Ledo e José Bonifácio, nos mostra as suas consequências até os dias de hoje.

D. Pedro I, após o breve período de 21 dias como maçom decreta o fechamento da maçonaria brasileira. José Bonifácio, em uma tentativa de não dar tanto espaço para Gonçalves Ledo, cria a Ordem do Apostolado e dá o título de Archonte Rei para D. Pedro I, ficando ele como Lugar Tenente.

A maçonaria ficou proibida no Brasil por 9 (nove) longos anos, graças a D. Pedro I, só voltando a funcionar em 1831, após a sua abdicação ao trono.•.
Durante 9 (nove) anos a maçonaria se reuniu às escondidas. Os fatos históricos mostram a sua “real” estatura como maçom. Ele foi um zero à esquerda para a maçonaria brasileira, mas, as sua “viúvas” desconsoladas só procuram enxergar e enaltecer vários feitos de sua breve vida, e gostam de mencioná-lo como tendo sido grão-mestre da maçonaria, deixando de mencionar algumas verdades.

Na realidade D. Pedro I, não teve grandeza e nem nobreza maçônica, basta pesquisar a história, os livros e a internet, o pior cego é aquele que não quer enxergar. Lembrem-se, a maçonaria é a busca constante da verdade, não podemos querer tapar o sol com uma peneira.



Enviado pelo Ir.: PEDRO NEVES .’.
M.’. I.’. 33.’. MRA.’.
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Retirado do site : Recanto das Letras

Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

Joaquim Gonçalves Ledo e a "Independência"

INDEPENDÊNCIA: Discurso de Gonçalves Ledo na Loja Maçônica “Comércio e Artes” no Rio de Janeiro, em 20 de agosto de 1822.

Joaquim Gonçalves Ledo foi um dos maiores atores da Independência. A peça de arquitetura transcrita do Boletim do GOB (jul/ago de 1963) é dirigida ao hesitante Príncipe D. Pedro, entre seus arrojados conceitos lá está à antecipação da Doutrina de Monroe.

“SENHOR”! A natureza, a razão e a humanidade, este feixe indissolúvel e sagrado, que nenhuma força humana pode quebrar, gravaram no coração do homem uma propensão irresistível para, por todos os meios e com todas as forças em todas as épocas e em todos os lugares, buscarem ou melhorarem o seu bem estar. Este principio tão santo como a sua origem, e de centuplicada força quando aplicado às nações era de sobra para o Brasil, esta porção preciosa do globo habitado, não acedesse a inerte expectação de sua futura sorte, tal qual fosse decretada longe de seus lugares e no meio de uma potência (Portugal) que deveria reconhecer inimiga de sua glória, zelosa de sua grandeza, e que bastante deixava ver pelo seu Manifesto às nações que queria firmar a sua ressurreição política sobre a morte do nascente Império Luso-Brasileiro, pois baseava as razões de sua decadência sobre a elevação gloriosa deste filho da América – o Brasil. Se a esta tão óbvia e justa consideração quisesse juntar a sua dolorosa experiência de trezentos e oito anos, em que o Brasil só existira para Portugal para pagar tributos que motivos não encontraria na cadeia tenebrosa de seus males para chamar a atenção e vigilância de todos os seus filhos a usar da soberania que lhe compete, e dos mesmo direitos de que usara Portugal e por si mesmo tratar de sua existência e representação política, da sua prosperidade e da sua constituição? Sim, o Brasil podia dizer a Portugal: “Desde que o sol abriu o seu túmulo e dele me fez saltar para apresentar-se ao ditoso Cabral a minha fertilidade, a minha riqueza, a minha prosperidade, tudo te sacrifiquei tudo te dei, e tu que me deste”? Escravidão e só escravidão. Cavavam o seio das montanhas, penetravam o centro do meu solo para te mandarem o ouro, com que pagavas as nações estrangeiras a tua conservação e as obras com que decoras a tua majestosa capital; e tu quando a sôfrega ambição devorou os tesouros, que sob mão se achavam nos meus terrenos, quisestes impor-me o mais odioso dos tributos, a “capitação”. Mudavam o curso dos meus caudalosos rios para arrancarem de seus leitos os diamantes que brilham na coroa do monarca; despiam as minhas florestas para enriquecerem a tua grandeza, que, todavia deixava cair das enfraquecidas mãos … E tu que deste? Opressão e vilipêndio! Mandavas queimar os filatórios e teares, onde minha nascente indústria beneficiava o algodão para vestir os meus filhos; negavas-me a luz das ciências para que não pudesse conhecer os meus direitos nem figurar entre os povos cultos; acanhavas a minha indústria para me conservares na mais triste dependência da tua; desejavas até diminuir as fontes da minha natural grandeza e não querias que eu conhecesse o Universo senão o pequeno terreno que tu ocupas. Eu acolhi no meu seio os teus filhos a que doirava a existência e tu me mandavas em paga tiranos indomáveis que me laceravam. Agora é tempo de reempossar-me de minha Liberdade; basta de oferecer-me em sacrifício as tuas interessadas vistas. Assaz te conheci, demasiando te servi… – os povos não são propriedade de ninguém. Talvez o Congresso de Lisboa no devaneio de sua fúria (e será uma nova inconsequência) dê o nome rebelião ao passo heroico das províncias do Brasil a reassunção de sua soberania desprezada; mas se o fizer, deverá primeiro declarar rebelde a Razão, que prescreve aos homens não se deixarem esmagar pelos outros homens, deverá declarar rebelde a Natureza, que ensinou aos filhos a separarem-se dos seus pais, quando tocam a época de sua virilidade; é mister declarar rebelde a Justiça, que não autoriza usurpação, nem perfídias; é mister declarar rebelde o próprio Portugal, que encetou a macha de sua monarquia, separando-se de Castela; é mister declarar-se rebelde a si mesmo (esse Congresso), porque se a força irresistível das coisas prometia a futura desunião dos dois Reinos os seus procedimentos aceleraram esta época, sem dúvida fatal para outra parte da nação que se queira engrandecer. O Brasil, elevado à categoria de Reino, reconhecido por todas as potencias e com todas as formalidades que fazem o direito público na Europa, tem inquestionavelmente jus a reempossar-se da porção de soberania que lhe compete, porque o estabelecimento da ordem constitucional é negócio privativo de cada povo. A independência, Senhor, no sentido dos mais abalizados políticos, é inata nas colônias, como a separação das famílias o é na Humanidade. A natureza não formou satélites maiores que os seus planetas. A América deve pertencer à América, e Europa a Europa, porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre elas o espaço imenso que as separa. O momento para estabelecer-se um perdurável sistema, e ligar todas as partes do nosso grande todo, é este… O Brasil, no meio das nações independentes, e que falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, sem forças para defendê-lo e ainda para conquistá-lo. As nações do Universo têm os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti, Príncipe ! Cumpre aparecer entre elas como rebeldes ou como homens livres e dignos de o ser. Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres resolve, Senhor!”“.



Biografia:
Nascido no RJ em 11, ago, 1781/19, maio, 1847, formado pela universidade de Coimbra, Portugal, Jornalista, Politico, maçom atuante, teve influencia fundamental decisiva na Independência do Brasil.

Fonte: Jornal O Gremaçom, pag. 4 Edição nº 100, set. 2011
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Ideal de um Maçom

Para refletir ....

Se você vir um homem que tranquilamente e
modestamente move-se na esfera da sua vida, que, sem
desonra, cumpre seus deveres como homem, como cidadão,
como marido e como pai; que é piedoso sem hipocrisia,
benevolente sem ostentação, e ajuda a seu próximo
sem interesse próprio, cujo coração bate afetuoso por amizade,
cuja mente tranquila é aberta para licenciados prazeres,
que na instabilidade não desanima, nem na fortuna
é arrogante, e que será determinado na hora do perigo.

O homem que é livre de superstição e de
infidelidade, que na natureza vê o dedo do Mestre Eterno,
que sente e vivencia o propósito maior do homem, para
quem fé, esperança e caridade não são meras palavras
sem significado, para quem a proteção da inocência e virtude
e a defesa da verdade são mais importantes que a
propriedade e a própria vida.

O homem que contra ele mesmo é um severo
julgador, mas que é tolerante com as debilidades de
seu próximo, que se esforça em se opor aos erros sem
arrogância e promover inteligência sem impaciência; que
adequadamente entende como estimar e empregar seus
meios, que honra a virtude ainda que ela esteja na mais
humilde aparência; que não favorece o vício mesmo que
esteja vestido em púrpura e que administra a justiça com
mérito sem distinção de palácios ou cabanas.

O homem que, sem aplausos corteses, é
amado por sábios, respeitado por seus superiores e reverenciado
por seus subordinados; o homem que nunca proclama
o que fez, o que pode fazer, ou fará, mas onde for
necessário, agirá ocultamente, com coragem desapaixonada,
discreta resolução, indefectível esforço e raro poder
da mente, e que não cessará até ter completado seu trabalho,
e então, despretensiosamente irá retirar-se do grupo
porque fez uma boa ação, não para ele mesmo, mas
para causa do bem!

Se você, meu Irmão, encontrar tal homem,
você verá a personificação do amor fraternal, alívio e verdade,
e você terá encontrado o ideal de um maçom!


Escrito em 1876 por M. W. Bro. Otto Klotz, Grão Mestre
Honorário da Grande Loja do Canadá, Ontário.

Esse belo texto foi enviado a mim pelo M.:I.: Pedroza V.:M.: da A.:R.:L.:S.: Mensageiros da Arte
Real nº3.189 oriente de Águas Lindas de Goiás-GO por email
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

A "Catástrofe"

Havia um lugar muito bonito, com belas árvores e flores, um parque verdejante e um lindo jardim.

O local era privado de alguns recursos, mas, mesmo assim, um zeloso jardineiro que vivia na região persistia em mantê-lo belo, apesar das dificuldades que o lugarejo apresentava.

A água era pouca, e a terra não era muito fértil. Muitas das flores que se plantavam neste terreno não sobreviviam, ao mesmo tempo em que as circunstâncias precárias proporcionavam o surgimento de algumas ervas daninhas, que teimavam em crescer.

Para dificultar ainda mais o trabalho do jardineiro, havia uma enorme pedra no topo de uma montanha que se erguia na região. Ao início das tardes, a pedra fazia muita sombra no local e prejudicava o crescimento das flores mais delicadas e belas.

O jardineiro trabalhava arduamente, com muito amor, mantendo tudo sempre lindo e em ordem. Porém, era só ele descansar um pouco e pronto! Algumas flores morriam, enquanto as ervas daninhas cresciam rapidamente.

Seu trabalho era reconhecido por todos do lugar, que o admiravam pelo belo jardim que ele fizera nascer e que mantinha com tanto carinho.

Eis que, um dia, ocorreu um grande terremoto em toda a região, seguido de um forte vendaval, que devastou o local. Tudo foi destruído, inclusive o parque e o lindo jardim.

Após a terrível catástrofe, o jardineiro olhava com desolação para o que havia sobrado, lamentando profundamente todo o seu trabalho de anos que havia sido perdido com a catástrofe. Via-se totalmente sem forças só de imaginar o enorme trabalho que teria pela frente caso quisesse refazer o jardim.

Neste momento, notou que a grande pedra no topo da montanha se movimentava, não tardando a precipitar-se, rolando sobre o jardim e destruindo o pouco que havia sobrado. O próprio jardineiro, se não tivesse prestado atenção, morreria, mas conseguiu escapar por pouco de mais um triste acontecimento.

Vendo totalmente destruída a obra que criara por anos a fio, começou a chorar. Não sabia o que pensar. Todos os seus sentimentos estavam confusos e perdidos dentro do seu peito. Por que estas coisas acontecem conosco, pensava ele no seu íntimo. Por quê?

Neste momento ele sentia ir embora suas forças vitais e pensava até mesmo em morrer, de tanto desgosto com o que via pela frente, julgando-se injustiçado pela vida.

O jardineiro chorava copiosamente, mas o dia avançava e as nuvens da destruição começavam a ir embora, enquanto o céu se abria, deixando que o sol voltasse a brilhar novamente sobre o lugarejo.

Nesta hora, ele nota um fio de água que corria pelo meio do jardim e pergunta-se: de onde vem essa água?

Resolveu seguir o fio de água, logo percebendo que ela descia da montanha. Chegando ao topo, depara com o lugar de origem da pedra, de onde, agora, brotava uma fonte.

Enquanto isso, o pequeno fio de água sulcava a terra por onde passava, aumentando rapidamente seu fluxo, logo se tornando uma pequena e linda cascata.

Só então o jardineiro percebeu que, mesmo já avançada a tarde, ainda havia luz do sol sobre o lugar, pois a pedra, que outrora bloqueava a luz do sol, já não estava mais no mesmo lugar. A luz chegava livremente ao jardim, que permaneceu iluminado pelo resto do dia.

Tudo isso deu novo ânimo ao jardineiro, que já passava a ver o ocorrido com outros olhos e, de imediato, começou a mexer na terra.

Nesta hora, o jardineiro teve outra boa surpresa: ao remexer a terra, ela surgia com outra coloração, agora mais negra e rica, trazida do fundo do terreno à superfície pelo terremoto que arruinara o lugar.

Assim, passando a considerar as coisas boas que a “catástrofe” trouxe, com sua experiência de vida e agora reanimado ao ver que tudo pode ser feito ainda melhor, o jardineiro trabalhava, fazendo renascer o jardim, desta vez ainda mais belo e saudável do que antes.

Até hoje, em vez de amaldiçoar aquilo que inicialmente julgou ser uma catástrofe, o jardineiro agradece a oportunidade de ter sobrevivido e poder recomeçar tudo, sob novas condições.

Esta história nos faz perceber que tudo o que acontece em nossas vidas, por mais catastrófico, sofrido e dolorido que possa parecer no momento, sempre deixará algo de positivo.

Se estiver sofrendo com algo muito dolorido, tenha paciência e lembre-se que, daqui a pouco, as nuvens da destruição passarão, e o dia novamente brilhará.

Tenha certeza disto. Nessa hora, olhe para trás e veja o que se pode aprender com tudo o que aconteceu. Assimile as coisas boas do passado e agradeça pela vida que ainda há pela frente e por poder recomeçar, desta vez, melhor.


Autor: Marcelo Abrileri
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

Dilma diz que celular de 4ª geração chega antes da Copa

A presidente Dilma Rousseff defendeu a ampliação do acesso da população à internet e afirmou que o País terá a quarta geração de telefonia celular disponível até 2014. "Vamos implantar no Brasil o celular de quarta geração antes da Copa do Mundo", disse hoje em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta. "Significa que os brasileiros, e quem vier para o Brasil acompanhar os jogos, vão ter acesso à internet pelo celular com uma velocidade altíssima. Este é um legado que ficará para toda a população brasileira depois da Copa e das Olimpíadas", afirmou, de acordo com a íntegra do programa publicada pelo Blog do Planalto.
Dilma lembrou que a partir de 1º de outubro o acesso à internet começará a ser oferecido a R$ 35 por mês, dentro do acordo entre o governo e operadoras de telefonia para que a internet popular chegue a todos os municípios brasileiros até 2014. A presidente disse que a reativação da Telebrás permitirá o aumento do investimento na infraestrutura que permitirá a popularização da internet. "Já estamos construindo as condições para que os 30 mil quilômetros de rede de fibra ótica funcionem, assegurando a transmissão de internet em alta velocidade para todas as regiões do Brasil, afirmou. Segundo Dilma, a Telebrás já está autorizada a investir R$ 200 milhões na infraestrutura das 12 cidades-sede da Copa.

Autor : estadão.com.br

Cícero
Nesse primeiro momento estamos falando de comunicação, depois falaremos de transporte aereo. acredito que essa questão vai ser o gargalo do brasil.

Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Manoel Bandeira. Leitura Obrigatoria

Esta Leitura foi feita pelo novo ocupante da cadeira nº XIII, Lindberg Cury na ocasião de sua posse na Academia Brasiliense de Letras. Em homenagem ao Poeta, Escritor Manoel Bandeira.
Este Ir.: foi convidado e teve a oportunidade de presenciar esta brilhante leitura e posse, por isso resolvi compartilhar esse poema, em nosso blog.

Vou-me Embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vêm a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Autor: Manoel Bandeira
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

Receita libera consulta ao 4º lote de restituições do IR 2011

Consultas podem ser feitas pela internet ou pelo telefone.
Neste lote, estão incluídos 970 mil contribuintes.
Do G1, em Brasília


As consultas ao quarto lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2011 já estão liberadas. De acordo com dados do Fisco, esse lote contém 970 mil contribuintes e pagará R$ 926 milhões em restituições. Os valores das restituições, por sua vez, poderão ser sacados a partir do dia 15 de setembro. Ao todo, são sete lotes de restituição, entre junho e dezembro de cada ano.
As consultas podem ser feitas por meio do site da Receita na internet ou pelo telefone 146. Excepcionalmente, porém, nos dias 10 e 11 de setembro, próximos sábado e domingo, o serviço não estará disponível devido à manutenção técnica no ambiente Serpro, acrescentou a Receita Federal.
Lotes de 2011 já pagos

No primeiro lote do IR deste ano, pago no dia 15 de junho, 1,5 milhão de contribuintes foram contemplados. O valor do pagamento foi de R$ 1,9 bilhão. Por conta do Estatuto do Idoso, o primeiro lote contemplou, principalmente, pessoas com mais de 60 anos (1,3 milhão de idosos). Já no segundo lote, pago em junho, foram contemplados 1,64 milhão de pessoas, no valor de R$ 1,9 bilhão em restituições. Em agosto, 1,77 milhão de contribuintes receberam R$ 1,69 bilhão.
A ordem de recebimento das restituições do Imposto de Renda tem por base, além do Estatuto do Idoso, a data de entrega da declaração de ajuste anual. Quem enviou o documento primeiro, sem erros ou omissões, recebe a restituição mais cedo. Neste ano, o prazo foi do início de março até o final de abril. Mais de 24 milhões de pessoas enviaram a declaração em 2011.
Lotes residuais de anos anteriores

Além do lote do quarto lote do IR 2011, a Receita Federal também informou que serão abertas, na próxima sexta-feira, as consultas a lotes residuais (para contribuintes que caíram na malha fina do leão) de anos anteriores.
Para o exercício de 2010, ano-base 2009, serão creditadas restituições para um total de 24.126 contribuintes, totalizando R$ 52,6 milhões, já acrescidos da taxa selic de 15,14%.
Com relação ao lote residual do exercício de 2009, serão creditadas restituições para um total de 7.893 contribuintes, totalizando R$ 13,7 milhões, já atualizados pela taxa selic de 23,60%.
Já para o lote residual de 2008, serão creditadas restituições para um total de 3.228 contribuintes, totalizando R$ 7,5 milhões, já atualizados pela taxa selic de 35,67%.
Centro de Atendimento Virtual

A Receita Federal lembra que os contribuintes não precisam esperar para saber se há inconsistências em sua declaração. Elas podem acessar o extrato do Imposto de Renda, no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), para saber se há erros, pendências ou inconsistências em suas declarações.
Para entrar no seu extrato, porém, ele terá de obter um código de acesso. Neste caso, deverá informar o seu CPF, a data de nascimento e os recibos do IR de 2010 e de 2011. Na ausência do recibo, poderá ser pedido o título de eleitor.
Em posse da informação de que há erros ou inconsistências em sua declaração do IR, o contribuinte pode enviar uma declaração retificadora e, com isso, retirar seu CPF da chamada malha fina do leão. Quando entram na malha fina, as declarações dos contribuintes ficam retidas para correção dos erros, e as eventuais restituições são pagas somente após a questão ter sido resolvida - nos chamados lotes residuais do IR.
No extrato do IR, o contribuinte também poderá acompanhar o pagamento do imposto e alterar opções referentes ao débito automático das cotas. Com o serviço, os contribuintes também poderão parcelar débitos em atraso do IR ou outras pendências com a Receita Federal ou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.


•Receita Federal
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

Consumidor

Confiança do consumidor sobe em agosto, diz associação
Índice subiu a 150 pontos, sobre 147 em julho.
Regiões Norte e Centro-Oeste lideraram o otimismo.
Do G1, em São Paulo

O Índice Nacional de Confiança do consumidor, medido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), subiu para 150 pontos em agosto de 2011, contra 147 pontos em julho. Sobre o mesmo mês de 2010, quando estava em 155 pontos, houve recuo.
As regiões Norte e Centro-Oeste lideraram o otimismo, com 200 pontos em agosto contra 185 em julho. Na sequência está a região Sudeste, com 159 pontos, contra 149 pontos em julho. Depois vem a região Sul, com 152 pontos, contra 163 pontos em julho, em função de problemas climáticos, como o excesso chuvas, diz a entidade. A região Nordeste ficou com 122 pontos, contra 126 pontos em julho.

A classe C continua como a mais otimista, com 155 pontos em agosto, contra 153 pontos em julho. Em segundo lugar vem a classe A/B, com 143 pontos, contra 138 pontos em julho. A classes D/E está com 133 pontos, contra 128 pontos em julho.

Em agosto, 38% dos entrevistados disseram terem se sentido mais seguros no emprego, contra 27% que se sentiram menos seguros. A média dos entrevistados que conhecia alguém que perdeu o emprego em agosto se manteve no mesmo patamar do mês anterior, em 3,1%.

Dos entrevistados em agosto, 49% consideram boa a sua situação financeira, contra 28% que a acham ruim.
• Fonte : ACSP
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Origens Religiosas e Corporativas da Maçonaria

A pesquisa das origens da maçonaria leva à busca das características das instituições primitivas. De modo resumido, estes traços são os seguintes:

  • Em primeiro lugar, trata-se de uma organização de trabalho, a da construção, onde o trabalho não era especializado como actualmente, mas implicava num vasto conhecimento da Arquitectura.
  • Esta organização ia além do carácter estritamente profissional. Os seus membros deviam se considerar irmãos e se assistir mutuamente.
  • Esta associação, operativa e de assistência mútua, possuía ritos tradicionais. A admissão era feita através de iniciação e as suas reuniões continham práticas ritualistas.
  • A partir do século XVII a associação passou a aceitar membros estranhos à sua actividade profissional e, finalmente, assume acentuado carácter universal.

A partir destas características, dois métodos se oferecem ao estudo histórico da instituição maçónica:

  • O primeiro método limita-se à pesquisa das origens da maçonaria moderna. As fontes estão principalmente na Inglaterra e nos remetem às Guildas dos séculos XIII e XIV. No entanto, este método não explica a universalidade da Instituição e a existência, na mesma época, de associações idênticas no continente europeu, onde os seus ritos pareciam nascidos de uma fonte comum, existente em épocas mais recuadas.
  • O segundo método leva-nos à pesquisa de grupos ou associações da Antiguidade e da Alta Idade Média cujas características se aproximem daquelas que levaram ao desenvolvimento da Maçonaria Operativa.

Um facto, porém não deve ser posto em dúvida: a Maçonaria actual nasceu da Maçonaria Operativa e, portanto devemos estudá-la. Outro facto igualmente certo é que a Maçonaria incorporou influências diversas em seus ritos, influências estas que também devem ser estudadas.

Para ser completa, uma pesquisa histórica precisará considerar o contexto social, político, económico, jurídico, religioso e filosófico que condicionou a ocorrência destes eventos. Do ponto de vista cronológico, estes eventos são os seguintes:

  • Os Colégios Romanos, seus derivados Galo-Romanos, Italianos e Bizantinos, e seus descendentes da Idade Média.
  • As Associações Monásticas dos Construtores, constituídas pelos Beneditinos, Cistercienses e Templários.
  • Sob a égide destas associações e sob a forma de confrarias laicas ou de Guildas, ocorre o nascimento e a formação da Maçonaria Operativa.


 

AS ANTIGAS CORPORAÇÕES


 

OS COLÉGIOS DE CONSTRUTORES DE ROMA


 

  • Em razão do carácter sempre sagrado do trabalho e da ciência, as associações profissionais foram sempre sacerdotais entre os povos da antiguidade. No Egipto, os sacerdotes formavam classes separadas e consagravam-se ao ensino de algum ramo especial do conhecimento humano. Em todos os casos, os alunos passavam por um noviciado e por provas de iniciação para se assegurar de sua vocação.

Como as demais ciências, a Arquitectura também era ensinada em sigilo. A função sagrada de arquitecto construtor era exercida pelos sacerdotes, como por exemplo, Imhotep, sacerdote do Deus Amon, que era conselheiro do faraó Sozer (3.800 AC) e que construiu a primeira pirâmide em Sakkarah. Sennemout, arquitecto da rainha Hatsepout, era o controlador dos domínios de Amon e chefe dos sacerdotes de Monthou, na cidade de Armant.

O carácter sacerdotal e místico das associações de construtores é encontrado entre os persas, os caldeus, os sírios e os gregos. A religião também era o fundamento dos Colégios Romanos e de nossas antigas confrarias. Em Reis V, 13 e seguintes e em VII, versículos 13 e 14, vê-se que Salomão teve, sob a direcção de Hiram, milhares de obreiros envolvidos na construção do Templo de Jerusalém. Na Grécia, as associações profissionais eram conhecidas por Hetarias. Uma lei de Sólon de 593 AC e cujo texto consta da obra de Gaius (sobre os Colégios e as Corporações) permite às Hetarias, ou Colégios, ter seus próprios regulamentos, desde que não fossem contrários às leis do Estado.

O carácter sagrado dos construtores sobrevive nas lendas dos reis arquitectos como Dédalo, Trophonius e Agamedes. Um exemplo típico é o dos sacerdotes de Dionísios ou Iachus, o Sol. Estes sacerdotes foram os primeiros a construir estradas e estádios para os jogos de provas físicas e de ginástica. Em suas cerimônias secretas, os dionisíacos usavam simbolicamente os seus utensílios de trabalho.

Estrabão, em sua obra Theos, afirma que os reis de Pérgamo (300 AC) tinham uma iniciação particular que incluía palavras e sinais de reconhecimento. O mais antigo código chegado até nós, o código babilónico de Hamurabi, (2.000 AC) descoberto em Susa, já menciona as associações dos carpinteiros e dos talhadores da pedra.


 

OS COLÉGIOS ROMANOS


 

  • Segundo Plutarco, os Colégios de Artesãos foram fundados em Roma pelo rei Numa Pompílio, no ano 715 AC. A influência dos Colégios Romanos foi fundamental nas confrarias de construtores da Idade Média. Sob Sérvio Túlio (578-534 AC) os Colégios Romanos aparecem com o carácter definitivo de corporação. Cícero na sua obra De Oficies (sobre as profissões) coloca os integrantes dos Colégios entre os cidadãos de primeira classe do Império Romano.

No reinado de Alexandre Severo, apesar de reprimidos pela Lei Iulia, existiam já trinta e dois Colégios em actividade no Império. Como em todos os povos da antiguidade, o Direito e as Instituições Romanas tinham base essencialmente religiosa. O carácter sagrado do trabalho tinha por objectivo a divinização do Homem. Para os membros dos Colégios de Construtores o mundo era um imenso canteiro de obras. O uso de sinais de reconhecimento garantia e protegia os segredos de sua profissão, herdados dos egípcios, dos gregos, dos judeus, dos persas e dos sírios.

Os artesãos dos Colégios eram os construtores dos Palácios e das famosas Vilas dos Senadores e nobres romanos, além dos monumentos nas cidades próximas a Roma, como Pompeia e Herculanum, e na cidade de Roma - O Coliseu, o Circo Máximo, as Termas de Caracala, os edifícios do Fórum Romano, os Templos dos Deuses, as muralhas para a defesa da cidade, como as dos Capitólios, etc. Em Bolonha, capital da Reggio Emilia, ainda se pode apreciar a arte construtiva dos artesãos dos Colégios Romanos, nos subterrâneos do Metro da cidade, a via Iulia, que levava de Roma a Milano.

Estes artesãos seguiam com as legiões romanas, com a finalidade de construir estradas, pontes, templos, termas e palácios nas regiões conquistadas pelo Império. Ainda hoje estas construções podem ser vistas em toda a Europa. Muitas delas, principalmente as pontes, estão ainda em uso. Em Portugal, eles construíram, entre outras coisas, a cidade Conímbriga, próxima de Coimbra e o Templo dedicado a Diana, na cidade Évora.

O COLÉGIO ROMANO NA GÁLIA CENTRAL (FRANÇA)


 

  • Estes Colégios foram facilmente implantados na Gália, após a sua conquista por Caio Júlio César. No século IV DC eles já existiam em Marselha, Valência, Nimes, Aix-la-Chapelle, Leão, Narbona e Lutécia (Paris), onde assumiram grande prestígio com a construção de importantes edifícios. Escavações realizadas em 1715 no subterrâneo da Catedral de Notre Dame de Paris encontraram uma lápide escrita em Latim, cuja inscrição era um cântico de louvor, dedicado a Júpiter pelos habitantes de Paris. Os Colégios também floresceram em Trèves, a rica capital dos Gauleses, e na Renânia onde existem numerosos vestígios romanos.


 

OS COLÉGIOS ROMANOS NA INGLATERRA


 

  • Uma vez que a Maçonaria moderna teve sua origem na Inglaterra, devemos conhecer em maior profundidade a história dos seus Colégios de Construtores. No ano 43 DC o imperador Cláudio enviou à ilha algumas brigadas dos Colégios de Construtores então estacionadas com as legiões romanas ao longo do rio Reno, na Gália. O seu objectivo foi construir as defesas romanas dos ataques do celtas do norte (os escoceses).

    Na época ainda não existiam cidades nem castelos na Grã-Bretanha. Os Colégios foram encarregados de construir campos fortificados para as legiões. Em pouco tempo estes campos se transformaram em cidades dotadas de termas, templos e palácios. Uma destas cidades foi York, então chamada de Eboracum, célebre na história da Maçonaria. Os Colégios de Construtores edificaram também três grandes muralhas no norte do país, na intenção de conter os ataques dos celtas.

    Em 287 DC, Carausius, comandante da frota romana na Gália Superior (Bélgica), declara-se imperador da Inglaterra e confirma todos os antigos privilégios dos Colégios de Construtores que foram estabelecidos ao tempo de Numa Pompílio e de Sérvio Túlio. Em 306 DC Constantino assume o poder em Roma e proclama o cristianismo a religião oficial do Império. Durante um século a nova religião se expande na Inglaterra, onde os celtas finalmente conseguiram expulsar os romanos, no início do séc. V DC. Na mesma época toda a Europa caía no domínio dos chamados bárbaros, os Godos, Visigodos e Ostrogodos.


 

OS COLÉGIOS ROMANOS E AS INVASÕES BÁRBARAS - GODOS E VISIGODOS


 

  • Na Gália, as leis romanas subsistiram nos reinos dos Visigodos e dos Burgúndios, através da Lex Romana Visigothorum ou Breviário de Alarico. Este código de leis, que também vigorava na Aquitânia, no Languedoc e em Narbona, protegia os Colégios dos Construtores. Com a sobrevivência destas instituições também no Loire, nos vales do Reno e do Saône, várias construções de grande porte foram realizadas, como por exemplo, a catedral de Clermont (450-460 DC) cujos muros tinham gravados os utensílios usados na sua construção.

    Entre 475 e 550 DC os Construtores edificaram muitos palácios e monumentos, como por exemplo, as Colunas de Auvergne, a Catedral dos Santos Apóstolos em Rouen e a magnífica igreja de São Vicente em Paris, no bairro de Saint-Germain-de-Pres. Ao final do século VII e início do século VIII os Anglo-Saxões recrutaram mestres construtores de Roma e da Gália, herdeiros dos Colégios Romanos e organizados em forma de associações.

    Na época, as basílicas da Gália já mostravam estilo diferente das romanas, devido às influências orientais introduzidas pelos Godos e pelos Visigodos, trazidas do Egito, da Palestina, da Síria e da Pérsia sassânida. Em 568 DC os Visigodos Lombardos invadiram a Itália e fundaram um reino que só seria vencido por Carlos Magno em 774 DC. Nesta época, somente Roma, Ravena e Veneza permaneceram livres e ligadas ao Império Romano do Oriente, em Bizâncio (Constantinopla/Istambul). É no reino Lombardo que surgem os Mestres Comacinos, da região de Côme, reconhecidos como excelentes artesãos da arte de construir. Estes Mestres Comacinos herdaram o conhecimento dos artesãos dos Colégios Romanos e tornaram-se os seus sucessores. A sua acção influenciou o desenvolvimento da Arquitectura no norte da Itália entre os séculos VII e XII. A sua organização era semelhante à dos Colégios do Império Romano do Oriente.


 

AS ASSOCIAÇÕES MONÁSTICAS


 

  • Ao final do Império Romano, com o aparecimento dos pequenos Estados suseranos, as antigas instituições foram gradualmente desaparecendo, substituídas pelas classes dos homens livres, dos aldeãos e dos servos. Para garantir a sua sobrevivência, os Mestres Construtores se refugiaram nas igrejas, nos mosteiros e nos conventos que haviam construído na alta Idade Média. A história das Associações Monásticas está ligada à das Ordens Religiosas, em particular à Ordem dos Beneditinos e à Ordem do Templo. O papel dos Templários está intimamente ligado ao surgimento da Maçonaria Moderna. Para conhecer a extensão da influência dos Templários, seria necessário analisar a formação das Associações Monásticas nas regiões góticas, assim como a sua actuação na transição da arte romana para a arte gótica.

Na Inglaterra, as confrarias monásticas se desenvolveram sob a protecção dos Beneditinos de Santo André. Entre os anos de 856 e 1307 DC diversas igrejas e catedrais foram construídas na Inglaterra pelas associações monásticas de construtores, comandadas por mestres notáveis como Santo Augustin São Dunstan, arcebispo de Canterbury, Gauthier Gifford, arcebispo de York e Gauthier Stapleton, bispo de Exeter.

Uma destas associações monásticas, a dos Colideus, relacionou-se com o rei Athelstan, que iria ter papel decisivo na história da Maçonaria.

Em sua origem, os Colideus eram um pequeno grupo de cristãos. Foram os primeiros a introduzir o cristianismo na Inglaterra e em sua organização adoptaram os princípios dos Colégios Romanos, existentes na Inglaterra até à saída dos romanos da ilha britânica.


 

A LENDA DE YORK


 

  • Esta Lenda é contada no Poema Regius ou Manuscrito de Halliwel, datado do final do século XIV e descoberto em 1838 no Museu Britânico por James Halliwel. Athelstan governou a Inglaterra de 924 a 940 DC. Ele completou a conquista dos pequenos reinos iniciada por seu avô, Alfredo o Grande, e tornou-se o primeiro rei de toda a Inglaterra.

Athelstan utilizou os serviços dos Colideus na construção de vários castelos, abadias e mosteiros. Em 926 DC, em sua passagem por York (a Eboracum dos romanos) após vitoriosa campanha militar contra os escoceses, o rei se reúne com os Colideus na catedral de São Pedro. Para manter a ordem nos trabalhos construtivos e para punir os transgressores da lei, o rei proclamou um édito dirigido a todos os maçons, determinando que todos os Colideus deveriam reunir-se anualmente em York, para tratar dos assuntos de interesse da associação.

A Lenda conta que na mesma ocasião - 926 DC - o filho adoptivo de Athelstan, o príncipe Edwin, concedeu Carta Constitutiva à Loja de York e tornou-se o seu primeiro Venerável Mestre. Esta Loja teria permanecido activa até 1172 DC, quando teria sido fechada pelo rei Henrique II. O artigo Arte Céltica inserto no Dicionário de Arqueologia Cristã, de Dom Cabral, fornece a lista dos edifícios, mosteiros e igrejas construídos pelos membros da Loja de York. Eles foram os introdutores do estilo gótico ou ogival. Um dos principais exemplos deste estilo na Inglaterra é a Abadia de Westminster, em Londres.


 

AS GUILDAS


 

  • As Guildas tiveram sua origem nos Colégios Romanos e receberam em sua formação a influência das ideias cristãs de fraternidade. Dividiam-se em Guildas Religiosas ou Sociais, Guildas de Mercadores e Guildas de Artesãos.

Elas já são mencionadas nas Iudicia Civitatis Londoniae redigidas no reinado do rei Athelstan. As Guildas de Artesãos são já influentes na Inglaterra no reinado de Henrique I (1100-1133), descendentes que eram de uma confraria de construtores que os Templários trouxeram da Terra Santa para construir a sua Igreja de Fleet Street em Londres (Saint Paul).


 

OS TEMPLÁRIOS


 

  • A Ordem dos Templários, cujo nome correcto é Milícia do Templo, foi criada em Jerusalém em 1118, tendo como seu primeiro Grão-Mestre Hugues des Pains, sob a protecção de Theocletes, 67º sucessor do apóstolo São João. Seus membros pronunciavam três votos: Obediência, Pobreza e Castidade e tinha por objectivo defender o Santo Sepulcro e os peregrinos da Terra Santa. Através de suas numerosas e poderosas Comanderias espalhadas pela Europa, a Ordem do Templo exerceu forte influência sobre as Associações Monásticas de Construtores e sobre as Guildas, constituindo confrarias religiosas comparáveis às dos Beneditinos e Cistercienses.


 

OS TEMPLÁRIOS E A MAÇONARIA


 

  • Quando os Templários, ajudados pelos cristãos, disseminaram as suas comandarias pela Europa, dividiram com eles os segredos dos ritos tradicionais dos Colégios Bizantinos - os Colégios Romanos do Oriente - e dos Tarouq Muçulmanos, fundamentados no sincretismo hermético. Em todas as suas possessões os Templários tinham pedreiros livres a seu serviço, dirigidos por um oficial do Templo. Na Inglaterra, ao início do séc. XIII já era grande a influência da Ordem do Templo que se beneficiava dos grandes donativos feitos pelo rei Henrique I. O seu prestígio foi ainda maior no reinado de Ricardo Coração de Leão.

Em sua Cruzada, juntamente com Felipe Augusto, rei de França, ele conquistou Chipre e entregou a ilha à guarda dos Templários, dos quais se tornou grande aliado e amigo. O poder e a riqueza da Ordem do Templo eram tais no início do século XIV que os Templários eram temidos e invejados tanto pela Igreja quanto pelo rei de França, Felipe V, o que acabou provocando a sua extinção.

Com efeito, uma bula do Papa Clemente V, de 2/5/1312, decretou a sua extinção, passando todos os seus bens para a Ordem do Hospital de São João de Jerusalém, depois Ordem dos Cavaleiros de Malta. Esta Ordem manteve a protecção aos Mestres Maçons, representada em iconografia do final do séc. XV, que mostra o Grão-Mestre da Ordem recebendo um Mestre Maçon, seguido de seus Companheiros portando os seus utensílios de trabalho: o Esquadro, o Compasso, o Malhei e o Cinzel.

Após a dissolução da Ordem, os Templários se introduziram nas corporações dos construtores para se proteger das perseguições, adoptando seus sinais e palavras, e continuando assim a exercer sua influência na formação da Maçonaria Moderna. Foi particularmente na Escócia que se refugiaram os Templários ingleses, onde receberam a protecção do rei Robert Bruce, que tinha parentes Templários. Em 1314 este rei fundou, em favor dos Maçons, a Ordem de Heredom de Kilwining, concedendo ao mesmo tempo o título de Grande Loja Real de Heredom de Kilwining à Loja fundada em 1150.

Podemos resumir assim a influência dos Templários na formação da Maçonaria Moderna:

  • Os Templários constituíram associações monásticas de construtores, segundo as tradições greco-romanas, transmitidas pelos Beneditinos e pelos Cistercienses. Eles tiveram ligações estreitas com as associações arquitectónicas cristãs e muçulmanas do Oriente, das quais receberam influências operativa e iniciática.
  • Os Templários foram, na Europa, a origem da criação e do desenvolvimento das comunidades de construtores que deram origem à Maçonaria Moderna.
  • Após a dissolução da Ordem do Templo, um grande número de Templários se incorporou aos mestrados dos construtores.


 

A MAÇONARIA CORPORATIVA NA INGLATERRA


 

  • Com a Maçonaria Anglo-saxónica nasceu a Maçonaria Especulativa Moderna. Assim, em sua formação a Maçonaria Operativa recebeu as seguintes influências:

Os Colégios Romanos, em certa medida os Colideus, as Corporações de Ofício italianas (dos Mestres Comacinos e dos Mestres da Comuna de Bolonha), os monges Beneditinos e Cistercienses e as Confrarias da Normandia e das Ilhas Britânicas. A instituição das Guildas oferece um carácter jurídico às Confrarias.

As Guildas inglesas apresentavam um carácter profissional e religioso. Não só as Guildas não sofreram restrições na Idade Média, como foram influenciadas pelos Hermetistas, Pitagóricos, Neo-Platônicos e Rosa-Cruzes, a partir do momento em que a Maçonaria deixou de ser operativa e passou a admitir grande número de membros especulativos.

Os documentos mais antigos da Maçonaria Inglesa datam do início do séc. XIII, como por exemplo, o de 1212, escrito em Latim, com o título "Sculptores Lapidum Liberorum" (Pedreiros Livres). Também existem documentos em Francês, de 1292 e 1350. Neste último apareceu pela primeira vez a expressão "Franco-Maçon ou Pedreiro-Livre". Outros documentos sobre a Instituição também foram escritos em 1376, 1377, 1381, e 1396, este último escrito pelo arcebispo de Canterbury, o patriarca da Igreja Inglesa.

Data de 1409 outro documento, relativo à construção da Catedral de São Paulo em Londres. Estes documentos tratam da organização, das normas de trabalho e do ritual maçónico. Deve-se mencionar que no fim do séc. XVII a maçonaria inglesa era já especulativa e admitia mulheres na instituição, conforme menciona o Estatuto da Loja de York de 1693, que diz que "aquele ou aquela que se tornasse maçon deveria fazer seus juramentos colocando a mão sobre a Bíblia".

Em 1472 e em 1481 apareceram documentos sobre a Antiga e Fraterna Ordem dos Maçons e sobre a Fraternidade dos Franco-Maçons da cidade de Londres. Os dois mais importantes documentos antigos sobre a Maçonaria são o Manuscrito Cooke e o já referido Poema Regius, que é composto de 794 versos e que prova que os mistérios da Fraternidade já eram praticados na Inglaterra, no século XIV.

O Poema Regius afirma o carácter religioso e moral da Ordem, a eleição anual de sua administração em assembleia, menciona a lenda dos Quatro Santos Coroados protectores da Ordem, narra a história da construção da Torre de Babel, menciona as sete artes liberais, faz recomendações religiosas e contém um código social.

O Manuscrito Cooke data de 1430, mas é a compilação de documentos do início do século XIII. Divide-se em duas partes. Na primeira, conta a história da Geometria e da Arquitectura; na segunda, contém um Livro dos Deveres, que compreende a organização do trabalho em nove artigos, promulgados pelo rei Athelstan em 926 DC na cidade de York. Também contém artigos de ordem moral, religiosa e social.


 

Especulativo


 

  • A palavra "Especulativo" aparece pela primeira vez, na frase "o filho do rei Athelstan- Edwin - era um verdadeiro Mestre Especulativo".
  • O Manuscrito de Cooke serviu de base a George Paine, segundo Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, para escrever os seus primeiros regulamentos, adoptados no dia de São João (21/06/1721). Foi também a principal fonte na qual James Anderson se baseou para redigir a Constituição editada em 1723. Importantes são também as Old Charges - os Antigos Deveres - do século XV e relativos à Maçonaria Operativa ou Corporativa de Ofício (Guildas de Ofício). Outros documentos maçónicos antigos e importantes foram destruídos num auto de fé por Desaguilliers, Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, em 21 de Junho de 1719 (há quem afirme que o autor da barbárie foi George Paine).

As Old Charges são iniciadas com a invocação à Trindade Cristã, e seu conteúdo é mais ou menos o seguinte: "Caros Irmãos, nossa intenção é vos fazer conhecer como começou nossa Venerável Ordem Maçónica". Segue-se uma descrição das sete ciências, ressaltando a Geometria como a maior delas. O último capítulo conta uma lenda, que é a seguinte:

Após o dilúvio, Hermes Trimegisto encontrou uma das duas colunas nas quais estavam os documentos que continham toda a ciência; ele assimilou tudo o que encontrou e o ensinou à humanidade, tornando-se o pai de todos os sábios. A segunda coluna foi encontrada, segundo o Manuscrito de Cooke, por Pitágoras. Em seguida, é mencionada a história de Nemrod, rei da Babilónia, que deu uma régua a seus maçons. Eles deviam ser fiéis e se amar uns aos outros.

  • O personagem seguinte é Abraão. Ele emigrou do Eufrates para o Egipto, onde ensinou as sete ciências. Euclides foi aluno de Abraão. Com a permissão real, Euclides ensinou a Geometria aos príncipes, filhos do faraó. Em seguida vem à história de David, que protegeu os maçons. Seu filho, Salomão, termina a construção do Templo, reunindo na obra 24.000 maçons, entre os quais havia 3.000 mestres. Hiram, rei de Tiro, tinha um filho chamado Aymon que era o maior dos Mestres.

A lenda pula vários séculos, e conta em seguida que a Maçonaria foi introduzida na Gália por Namus Groecus, que tinha participado da construção do Templo de Salomão. Ele ensinou a Maçonaria a Carlos Martel, que por sua vez a ensinou aos seus súbitos. A lenda chega a Santo Alban, patrono dos Maçons, e ao rei Athelstan cujo filho, Edwin, era Maçon. A interrupção da lenda neste ponto sugere que tenha sido escrita nesta época. A verdade é que na Inglaterra e na Escócia a Maçonaria se fortificou com o apoio do poder real e dos bispos e arcebispos da Igreja. Assim é que, em 1495 o rei Henrique VII defende o uso dos sinais de reconhecimento empregados pelos maçons e, em 24/06/1502, ele preside a reunião da Sociedade dos Maçons de Londres, na ocasião da colocação da pedra fundamental da reforma da Abadia de Westminster.

É somente após a Reforma religiosa de Lutero e com as mudanças na dinastia inglesa, que os maçons ingleses e escoceses, até então fiéis à Igreja Católica, ofereceram apoio ao rei Henrique VIII e ao Clero Anglicano. Isto viria a contribuir para a criação da Grande Loja de Londres em 1717.


 

A UNIÃO MAÇÓNICA


 

  • O tipo de trabalho realizado pelos maçons tornava-os itinerantes. Devido a isso, era constante a intercomunicação entre as Lojas, e todo o Maçon tinha o direito de ser recebido na Loja da cidade em que estivesse. Assim, havia necessidade de possuírem sinais de reconhecimento e técnicas e práticas comuns. No interesse da Ordem, convinha conservar em segredo estes sinais e práticas. Deste modo, foi instituída uma organização que se manifestava da seguinte maneira:
  • Pela realização de sessões periódicas para tratar dos interesses da Ordem
  • Pelo reconhecimento de Lojas Regulares, pelas Lojas mais antigas ou Lojas-Mãe.
  • Pela instituição de um protector comum, denominado Grão-Mestre.
  • Apesar disto, não havia ainda uma organização legislativa e administrativa permanente, nem uma pré-figuração das Obediências, que só deviam se materializar em 1717, com a fundação da Grande Loja de Londres. Na época as Lojas eram livres, não subordinadas a uma Loja-Mãe, como nas Grandes Lojas e Grandes Orientes Modernos. Na Inglaterra o papel de Loja-Mãe foi por muito tempo realizado pela Antiga Loja de York, que podia provar ser muito mais antiga que todas as outras. Na Escócia, as Lojas de Kilwining e de Edimburg possuíam o privilégio de outorgar Cartas Constitutivas a outras Lojas. Este estado de coisas viria desembocar na fundação da Grande Loja de Londres, a 24.06.1717, quando se juntaram as Lojas The Goose and Gridiron, The Crown, The Apple Tree, The Rummor and Grapes, sendo George Paine eleito Grão-Mestre.


 

Conclusões finais (Ir.: Cícero Carvalho)


 

  • Ao pesquisar a origem da nossa ordem encontrei varias literaturas sobre o assunto, dentre tantas essa é um resumo que eu considerei satisfatorio, para que os nossos IIr.: possam ampliar os seus conhecimentos. Todo esse conhecimento só é possivel graças a IIr.: dedicados em estudar e pesquisar sobre a nossa ordem.


 

  • Escrito por A Jorge
  • Extraido do blog da Loja Maçonica Mestre Affonso Domingues
  • I:. António Rocha Fadista - M:.I:., Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB - Brasil
  • Pesquisado e postado pelo Ir.: Cícero Carvalho