segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ESTACA MENTAL

 -Uma caravana de camelos atravessava o deserto. Chegou a hora do descanso e o cameleiro preparava-se, como habitualmente, para prender os camelos às estacas, quando verificou que faltava uma estaca.

Não sabendo como resolver o problema, perguntou ao mestre da caravana:

- Mestre, falta uma estaca para um camelo. Como fazer?
- Não terás problema. Eles estão tão habituados a ficar presos que, se tu fingires que atas o camelo com a corda, ele pensará que está preso e nem sequer tentará sair do lugar.

O cameleiro assim o fez e o camelo ali ficou, toda a noite.

No dia seguinte, quando se preparavam para partir, o mesmo camelo simplesmente recusou-se a sair do lugar, mesmo quando o cameleiro o puxava com toda a força. Sem saber que atitude tomar, dirigiu-se de novo ao mestre, contando-lhe o sucedido.

- Homem! - respondeu-lhe o mestre - Que fizeste ontem? Não fingiste que o ataste à estaca? Então, faz o mesmo hoje. Finge que o desamarra.

O camelo, mal o cameleiro fingiu que o desatava da estaca imaginária, recomeçou a caminhada.

Moral da história:

Muitas vezes não avançamos devido às nossas "estacas mentais". É o desconforto da acomodação.

 Retirado de um site auto ajuda

Publicado pelo Ir.: Cícero Carvalho

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Medalha Merito Legislativo Pedro Ludovico Texeira


    Pedro Ludovico Teixeira,  um grande politico goiano,  um dos lideres da Revolução de 1930,  interventor federal no Estado de Goiás, responsável pela mudança do nome da capital de cidade de Goiás para Goiânia,  Dep. Federal  constituinte de 1946, Governador do Estado, participou altivamente no processo de mudança da capital federal, foi senador da republica por dois mandatos no ultimo era presidente, quando teve seu mandato cassado pelo AI-5, homem de notória sabedoria politica. Foi criada a medalha de honra ao mérito com o seu nome, para homenagear pessoas de destaque no estado de Goiás, são pessoas que lutam pelo crescimento do Estado. Sendo conhecedor de tais qualidades,  nosso Dep. Estadual Hildo do Candango, teve a honrosa satisfação de indicar para receber a MEDALHA DE MERITO LEGISLATIVO PEDRO LUDOVICO TEIXEIRA, dentre tantos outros, dois ilustres homens que prestam relevantes serviço ao Municipio e ao estado. O Ir.: Nilzon, Empresário no seguimento de Cartório, vem contribuindo para o crescimento do Município, mesmo ainda quando   eramos comarca de Santo António do Descoberto, e ainda ocupa o cargo de Dep. Estadual na Assembleia Maçónica. O Ir.: Pedrosa empresário no seguimento de lazer e entretenimento, é um dos fundadores da Loja Maçónica de Águas Lindas de Goiás, e hoje ocupa o posto de Venerável Mestre, tendo como suas principais ações a filantropia no Município. Para nós moradores, ver homens como esses recebendo honraria tão importante é motivo de jubilo. Parabens para a Cidade de Águas Lindas de Goíás.

Autor Ir.: Cícero Carvalho

A FAMILIA E AS DROGAS

            TUDO PODE ACONTECER!!!                     

É muito comum ouvirmos afirmações do tipo: Eu nunca pensei que isso fosse acontecer na minha família!
É claro que ninguém espera, e muito menos deseja que, um membro da família, ou um amigo, venha a se envolver com drogas. Mas, infelizmente, isto pode acontecer. Principalmente com as proporções epidêmicas que o uso e o abuso das drogas vêm atingindo no mundo inteiro, inclusive aqui, perto de nós.
O problema, muitas vezes, começa na própria família, com drogas lícitas como o álcool, o cigarro, os medicamentos e outros produtos, que aparecem entre as principais causas de morte evitáveis. O combate pode ser feito por várias ações: a repressão ao tráfico, à redução da produção e, principalmente, pela prevenção, reduzindo o consumo e evitando que as pessoas comecem a consumir. É a ação mais eficaz, sem dúvida, e pode ser praticada por todos nós.
COMO AJUDAR OS FILHOS?
  • Afeto: Manifestações de carinho e amor são sempre bem vindas. Abrace, beije, incentive os filhos, mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de afetividade, sinceridade e companheirismo entre todos.
  • Ambiente: Reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente familiar seja atrativo e aconchegante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa.
  • Diálogo: Ache tempo para conversas e consultas frequentes sobre qualquer assunto. Reserve um tempo especial para cada membro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses.
  • Exemplo: Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos. Mesmo que os contestem ou questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias.
  • Liberdade: Mais autonomia significa maior capacidade de decisão. Incentive a responsabilidade de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo.
  • Modelo: Cuide para que a relação com os filhos seja fundamentada na confiança e no respeito. Isso cria um modelo de comportamento para eles. Os jovens precisam de bons modelos.
  • Ocupação: Encoraje as atividades criativas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir responsabilidades e estimule-os a desenvolver valores fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações, inclusive das drogas.
  • Participação: Tome decisões em conjunto, assim todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados.
  • Presença: Reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com seus filhos.
  • Prevenção: Explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não experimentá-las.
  • Princípios: Evidencie os princípios espirituais, em contraposição aos valores materiais.
  • Regras claras: Imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas razões. O amor de pai e de mãe precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orienta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza. Confie em seus filhos.
EDUCANDO COM VALORES
A educação dos filhos é uma das tarefas mais importantes que podemos realizar, mas é também aquela para a qual menos nos preparamos. Quase todos aprendemos a ser pais seguindo o exemplo que nos deram nossos próprios pais.
ENSINANDO PRINCÍPIOS UNIVERSAIS
Cada família tem suas expectativas de conduta que vêm determinadas pelos princípios. Com muita frequência são estes princípios que ajudam nossos filhos a decidir que não tomarão álcool nem outras drogas.
Os princípios sociais, familiares e religiosos são os que dão aos jovens os motivos para dizer “não” e os que os ajudam a manter sua decisão.
  • Ensine a seus filhos que cada decisão se baseia em uma decisão anterior, tomada quando se está formando o caráter, pelo que uma boa decisão faz com que seja mais fácil tomar a seguinte. Somos o resultado das escolhas que fizemos em nosso passado.
Isto não significa que, se você costuma beber um pouco de vinho nas refeições, ou a tomar ocasionalmente uma cerveja, precisa deixar de fazê-lo. Os filhos podem entender e aceitar que haja diferenças entre o que podem fazer os adultos, legal e responsavelmente, e o que se torna apropriado e legal para eles.
Sigo teus passos!!!

Enviado por email- Prof.  Silvério
Fonte, Nilo Momm: Membro da Comissão Nacional da Pastoral da Sobriedade – C.N.B.B.
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

domingo, 21 de agosto de 2011

Niver do Alan 08/2011


Festa de Aniversário do sobrinho ALAN, filho do Ir.: Nilzon, que reuniu em sua residência os IIr.:, familiares e amigos.  ALAN, também foi prestigiado com a presença dos seus primos, sobrinhos, e coleguinhas. Foi servido  um delicioso almoço, regado à cerveja, vinho, refrigerante, etc. E como não poderia faltar: cantaram os parabéns para o aniversariante, que ao final,  agradeceu a todos os presentes. Um destaque especial a presença do Dep. Estadual/GO - HILDO DO CANDANGO e sua linda família. PARABÉNS.............

sábado, 20 de agosto de 2011

20 de Agosto, Dia do Maçom Brasileiro

    
Por vezes perguntamos. O que tem levado tantos homens, no mundo inteiro, a abraçar esta Instituição, seguir e difundir seus princípios?
     Acreditamos que o motivo fundamental é porque confiamos nos princípios sobre os quais ela foi construída: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Crer nos ideais de buscar a perfeição e praticar a beneficência. Aperfeiçoar-se e servir.
     Há a lição da irmandade. O sagrado sentimento de união entre os Irmãos, que nos traz a cada sessão e nos faz permanecer num fraterno e imorredouro abraço.
     Homens de bons propósitos, perseguindo, incansavelmente, a perfeição.       Homens preocupados em ser, em transcender, num preito à espiritualidade e a crença no que é bom e justo. Pregam o dever e o trabalho. Dedicam especial atenção à manutenção da família, ao bem estar da sociedade, à defesa da Pátria e o culto ao Grande Arquiteto do Universo.
    Temos perfeita consciência de nosso papel social e da importante parcela de responsabilidade na missão de transformar o mundo, modificando, aprimorando as coisas que nos cercam. Porque o dia 20 de agosto é considerado o Dia do Maçom no Brasil?
   “Em  setembro de 1918, o Irmão Antenor de Campos Moura, então Venerável da Loja “Fraternidade de Santos”, propunha ao Grande Oriente do Brasil a instituição do “Dia do Maçom”, que seria comemorado não só como um dia de festa, mas também como um dia de beneficência e de caridade.
    Na data fixada, as Lojas de todo o Brasil deveriam realizar uma sessão que fosse Econômica, ou Magna de Iniciação, ou branca; não deveria ser exigido que se cumprisse um programa arcaico e muitas vezes despido de interesse.
    Cada Loja que fizesse uma reunião como bem entendesse. “Qualquer data poderia ser para o “Dia do Maçom”; a data poderia ser aquela em que esse projeto fosse aprovado.”
    Posteriormente foi fixada a data de 20 de agosto, sendo aceita e comemorada por todos.
    A explicação para a determinação do dia 20 de agosto baseou-se na histórica Sessão conjunta das Lojas “Comércio e Artes” e “União e Tranqüilidade”, no Rio de Janeiro, aonde o Ir Gonçalves Ledo pronunciara um discurso inflamado, fazendo sentir à necessidade de proclamar-se a Independência do Brasil, cuja proposição foi aprovada pelos presentes e registrada em ata no 20º dia do 6º mês maçônico do Ano da Verdadeira Luz de 5822, interpretado como se fosse o dia 20 de agosto.
      Na realidade, autores referem um erro histórico, dada a utilização equivocada do calendário gregoriano, ao invés do calendário equinocial, utilizado para o registro da sessão, onde o ano se inicia no dia 21 de março, que leva a reunião para o dia 09 de setembro.
O que isso tem haver com a nossa Independência em 7 de setembro?
    O 20 DE AGOSTO, DIA DO MAÇOM, foi escolhido, porque nessa data, que realmente a nação se tornou independente, por força e decisão da maçonaria.
    E é uma efeméride nacional consagrada e, como tal, deve ser comemorada com toda pompa, pois a Maçonaria em muito contribuiu para a efetiva emancipação político-social do Brasil e os Maçons de um modo geral devem reverenciar seus membros responsáveis pelas idéias e as efetivas ações, mas sempre sabedores da verdade histórica.
  - Esta data consta do art.179 da Constituição do Grande Oriente do Brasil e do art. 275 do Regulamento, ordenando a comemoração da data no dia 20 de agosto.
    Desde 1923, encontra-se na BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO, a Certidão das Atas do Grande Oriente do Brasil, de 1822, com o título DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA, VOLUME I, LISBOA – RIO DE JANEIRO, 1923 – A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA.
     Neste documento, grafa quando se refere à “Ata da Sessão de 20 do 6º mês Ano 1822”, a data correspondente no calendário Gregoriano como “(9 de setembro)”.
     Em 20 de agosto de 1822, foi convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente do Brasil por Joaquim Gonçalves Ledo, em face da ausência de José Bonifácio, Grão-Mestre que se encontrava viajando. Gonçalves Ledo seu substituto hierárquico na maçonaria brasileira, profere um eloqüente discurso, na ARLS Arte e Comércio em 20 de Agosto, onde era 1º Grande Vigilante. Expondo aos maçons presentes à necessidade de ser imediatamente proclamada a Independência do Brasil.
     Por causa do discurso proferido, a proposta foi votada e aprovada por todos os presentes.
     A cópia da ata dessa reunião foi encaminhada imediatamente a D. Pedro I que se encontrava também viajando e, recebeu tal decisão às margens do riacho do Ipiranga em 7 de setembro, ocasião que o Imperador proclamou a Independência do Brasil por encontrar respaldo e mesmo determinação da maçonaria brasileira.
    
     Extraido da Loja Maçonica de Irajá
     Postado pelo I.: Cícero Carvalho


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Importância da Visita


        Os membros da Loja Mensageiros da Arte Real nº3. 189, capitaneado pelo nosso V. M.:, em atendimento a um pedido do Ir.: António Froês, estivemos no dia 04/8/11, às 20h, em visita a Loja Estrela dos Pirineus nº3.046 do Rito Brasileiro, Oriente de Corumbá de Goiás-GO. De acordo com esta nova gestão, há o propósito de visitar todas as lojas circunvizinhas ao nosso município, pois, a visita a uma loja de outro rito traz conhecimento tanto aos que visitam quanto aos que são visitados; esse encontro reforça mais as ligações fraternas entre as lojas e consequentemente os IIr.:. Essa visão da parte do nosso V.:M.: e apoio da loja, vai elevar a Ordem e fortalecer as lojas. Foram à Corumbá  um grupo coeso, dos seguintes IIr.: Pedrosa, Clovis, Gibrail, António Froês, Demerval, Mauro, Nildomar, Cícero, Divino, Nilzon. Ao chegar à loja Estrela dos Pirineus fomos recebidos com alegria e carinho, tanto por parte dos IIr.: como pelas cunhadas, que de pronto já foram nos  oferecendo aquele cafezinho feito e  coado na hora. Isso só faz reforçar mais a fama de que os IIr.: se reconhecem e se tratam com muito calor humano, respeito e amizade. Em breve estaremos visitando outras lojas. Não vamos deixar esta chama se apagar....

                                                          
Autor: Ir.: Cícero Carvalho

A CORRUPÇÃO EMPOBRECE O PAÍS

       Até quando viveremos sob o impacto da corrupção? Até quando este nosso Brasil ficará emperrado, sem conseguir alçar voos? O Brasil é um País empobrecido pela corrupção. Uma terra privilegiada como a nossa, com seus invejáveis recursos naturais, está sempre pendente, sempre pendurada, arcada em dívidas, ajoelhados para os créditos dos Bancos... O que se constata no País é uma corrupção impregnada nos hábitos da sociedade. Constata-se a existência de grupos que passam de um governo a outro e se firmam pela impunidade. A cultura da corrupção é histórica entre nós e só um trabalho prolongado de conscientização, de estímulo à ética, aos valores morais, e desde a fase da educação infantil, poderá trazer a esperança de enfraquecê-la.
O nosso ensino não consegue avançar. Países do primeiro mundo mostram um nível educacional invejável, um avançado amadurecimento do povo sobre a importância da educação, visto como pilar do desenvolvimento humano. Uma inscrição esculpida em mármore na entrada da Biblioteca Pública de Boston, nos Estados Unidos, diz: “A comunidade exige educação como salvaguarda da ordem e da liberdade”.
O povo exigindo educação! Aqui no Brasil, precisamos ainda trabalhar muito, anos e anos, para que o povo chegue a esse entendimento, à importância da educação na vida da nação. Quando isso acontecer, o Brasil deixará de ser País de terceiro mundo, nível de País em desenvolvimento, para se tornar País de primeiro mundo, País desenvolvido. Educação está na base de toda transformação social.
 “Ninguém salva o povo, o povo salva a si mesmo através da educação” e a educação foi a grande prioridade de seu governo. (Abraham Lincoln – EX- Presidente USA)
No nosso Brasil, a educação continua num marasmo. A pesquisa da UNESCO, Ensino Médio: Múltiplas Vozes, realizada em 13 capitais, entrevistando sete mil professores e mais de 50 mil alunos da rede pública e particular, revelou o alto grau de insatisfação dos estudantes com que aprendem nas escolas.
Nossas escolas têm condições de melhorar aquilo que ensina? Têm condições de oferecer aulas com qualidade, para aumentar o interesse dos alunos? Professores desmotivados, destreinados, pouco capacitados para o exercício do magistério, vão arrastando a situação do mau ensino. O despreparo docente chega ao nível absurdo de levar o MEC a mudar, ainda este ano, o sistema de classificação de livros didáticos. Desde 1985, início do programa governamental de distribuição de material didático, o Ministério fazia recomendações sobre a qualidade dos títulos a serem escolhidos pelos professores das escolas. O critério para classificar o livro didático ia de uma a três estrelas. No ano passado, o MEC passou a usar os conceitos “pouco recomendado”, “recomendado” e “muito recomendado”. Agora, não faz mais avaliações, apenas uma descrição de cada livro. E isso ocorreu devido ao fato de os professores, ultimamente, estarem optando por livros de uma estrela ou os pouco recomendados. Escolhem os piores entre os pré-avaliados pelo MEC.
Se contássemos com professores bem treinados didaticamente, recebendo salários condizentes com sua função, não estaríamos nessa situação. Teríamos um magistério valorizado. Mas, o que ocorre é o contrário, a falta de estímulo leva o professor a se acomodar, a se desinteressar, trazendo desinteresse aos alunos.
Como elevar o padrão de ensino sem um devotamento político leal à causa da educação? O mais frequente é ver, na mídia, os constantes relatos de graves corrupções. As verbas destinadas ao ensino perdem-se no caminho de sua destinação, conduzidas para fins ilícitos. Em abril p. passado, lemos nos jornais, em letras garrafais, o desvio dos recursos destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Médio e de Valorização do Magistério (Fundef)! O Ministério Público estima que de cada R$ 4,00 só R$ 1,00 é aplicado corretamente! Detectou quadrilhas com ramificações nacionais, especializadas em falsificar planilhas de gastos e forjar prestações de contas. A Controladoria Geral da União deparou com um verdadeiro esquema de fraude documental e irregularidade frequente no registro de estudantes fantasmas. No ano passado, auditoria do MEC constatou a existência de 280 mil matrículas irregular de 1º a 9.º  ano.
Antes do Fundef, as reclamações de compras eram frequentes. Surgiu o Fundef justamente para corrigir os casos de corrupção. 60% do Fundef estão vinculados ao pagamento de professores; o restante vem sofrendo desvios abomináveis. O dinheiro do Fundef é depositado em uma conta do Banco do Brasil e seu extrato pode ser acessado por vereadores e membros do conselho de fiscalização dos municípios.
Deputados da Comissão de Educação da Câmara querem mudar a forma de escolha e a composição dos conselhos municipais de acompanhamento do Fundef. Defendem projeto que impede que familiares dos prefeitos e secretários municipais integrem os conselhos, além de estabelecer eleições para a definição dos membros e a inclusão de um representante dos alunos. O representante dos pais também não poderá ser servidor municipal, nem prestador de serviços da prefeitura.
Hoje, fala-se em mobilização dos três poderes – Executivo Legislativo e Judiciário --, reforçando a luta do Estado contra a corrupção, tentando fazer com que o Estado, que tem o leme nas mãos, possa dirigir esse barco, encharcado de corrupção, com mais firmeza.
Será esse o caminho? Poderá até ajudar, mas a corrupção está tão enraizada no seio do povo que ela sempre encontrará um jeito de burlar as determinações legais.
Só um trabalho sério de educação poderá tentar reverter tal situação.

Enviado pelo: Prof. Silvério Corrêa dos Santos
Fonte: Artigo publicado* Izabel Sadalla Grispino * Supervisora de ensino aposentada.  
 (Publicado em junho/2010) Revista Escola.
Postado pelo Ir .: Cícero Carvalho

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pedagogia da Tolerância

 
Conceito de Tolerância, segundo Freire - Virtude de convivência humana. Conviver com o diferente não é conviver com o inferior. Tolerar não é concordar com quem pensa diferente, demanda respeito que é uma ação, uma disponibilidade de aprender com o outro.

Tensão criativa da diversidade

Efeitos: Estimula a curiosidade; Questiona o poder e a opressão; Desestabiliza posições colocadas como verdades absolutas.

Ser tolerante é viver com tensão.
Respeitar as diferentes opiniões não é abster-se da luta e do diálogo e nem muito menos uma postura de manutenção, de posições exclusivistas e opressoras; E sim, defender posições progressistas de pensar um mundo possível e justo a todas as pessoas.
O ser humano faz e conduz a história, por isso, tem responsabilidade de cuidar do mundo e das pessoas que nele vivem e isso implica compromisso em relação as suas atitudes.
Não existe democracia com intolerância. Ela nos permite rever ideologias e sonhos para que estejamos indo ao encontro da humanidade e não a sua exploração.
Ser sujeito da história não é apenas querer mudar. É arriscar, e esta atitude constitui medo e coragem; Vontade de buscar mudança, pensar.
Jamais pensar em tolerância e suas significações, pensando em toda leva de discriminações, isso seria distorcer o conceito. Mas até onde vai nossa tolerância? Pergunta por si só intolerante, pois torna a tolerância um adjetivo, ao passo que ela é parte da convivência humana; e não um dom adquirido. A ela não se pressupõem que seja "usada" em determinadas situações. Não é limitada ou mesclada com a intolerância. É uma ação que promove o direito a vida digna, á diferença, à paz.

Extraído do Livro: Pedagogia da Tolerância parte I(blog Voz da Educação, prof. Brijha)
Autor: Paulo Freire
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dez Anos da iniciação dos nossos primeiros IIr.:


Sessão de homenagem aos nossos IIr.:
da esquerda Jadir ,Jorge,Pedrosa, Cloves, Nilzon, Gibrail.

          Uma sessão Comemorativa de Dez anos de Iniciação
de quatro irmãos, que serve de exemplo a ser seguido
pelos demais IIr.:, Parabéns.....
         Parabéns para os nosso Ir.: e V.:M.: Pedrosa e o nosso querido Ir.: Cloves, que foram os que acreditaram nesse sonho. Logo após foi servido o delicioso e tradicional bacalhau do Pedrosa, alem dos IIr.: estiveram presentes algumas cunhadas, e recebemos a visita de dois IIr.: da loja Estrela dos Pirineus Oriente de Corumbá, Também comemoramos o niver do Alan filho do Ir.: Nilzon, que nos surpreendeu com uma boa oratória. Parabéns Alan.....

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Maçon e sua Loja

    “Oh! Quão bom e suave é que os Irmãos habitem em união”

Existe uma historinha que volta e meia  estamos ouvindo no meio maçônico, mas que nunca é demais repetir:
“Conta-se que em uma pequena cidade da Inglaterra, havia um pastor que conhecia praticamente todos os cidadãos da localidade.
“Nos cultos dominicais, era comum que algumas pessoas ocupassem sempre os mesmos lugares na igreja. Assim, num determinado banco, sempre estava um senhor muito respeitado e querido no lugar.
“Num determinado dia, o pastor notou que aquele banco estava vazio. Achou estranho. Porém, não se preocupou muito porque era comum alguém faltar ao culto esporadicamente por um motivo ou outro.
“Na semana seguinte, novamente o banco estava vazio, levando o pastor a especular-se sobre o fato.
“Na terceira semana o banco continuou vazio.
“Terminado o culto, o pastor dirigiu-se à residência daquele Irmão para indagar-lhe o motivo de suas ausências.
“O cidadão argüiu que há muitos anos freqüentava aquela igreja e que já estava achando os cultos muito enfadonhos e repetitivos. Disse que já sabia de cor e salteado tudo o que o pastor falava.
“Foi então que o pastor foi até a lareira, retirou de lá uma brasa e colocou-a em cima da pedra que servia de parapeito da janela. Dentro de pouco tempo, essa brasa começou a se apagar.
“Passados alguns instantes de silêncio entre aqueles dois homens, o cidadão faltoso disse: Pastor compreendi a sua mensagem.
“E voltou a freqüentar o culto como sempre o fez”
Moral da história: Uma brasa sozinha perde o seu calor muito rapidamente.
Meus Irmãos!
A pequena história que contamos acima vem bem a calhar com o que acontece nas Lojas Maçônicas de forma geral. Muitos Irmãos deixam de freqüentar a sua Loja alegando motivos muitas vezes inconsistentes. Muitas vezes, quando comparecem, acham que a reunião está chata e demorada.
A Maçonaria, como já depreendemos, visa à mudança do homem em seu interior. O seu objetivo é que o homem evolua interiormente, e em fazendo isso, estará contribuindo para a evolução não só dos maçons de forma particular, como de toda a sociedade. O comportamento do homem normalmente reflete o seu interior. Alguns podem até conseguir disfarçar por algum tempo, mas nunca o conseguirão  por todo o tempo.
O homem que deseja sinceramente evoluir em seu íntimo deve fazê-lo mudando inicialmente a sua maneira de pensar. Deverá direcionar seus pensamentos para atitudes nobres. Quando nos propomos a realizar alguma coisa ou participar de qualquer evento, sociedade ou o que for, devemos inicialmente perguntar-nos se realmente é aquilo que queremos. Após a decisão tomada, devemos dar o melhor de nós na realização daquilo a que nós nos propusemos. Em outras palavras: devemos colocar AMOR naquilo que fazemos.
A Maçonaria é uma sociedade iniciática, isto é, os seus membros devem passar por uma cerimônia de iniciação, quando o neófito morre para o mundo profano, ou seja, o mundo dos erros e dos vícios e renasce em um mundo diferente. Um mundo dedicado ao trabalho e à virtude.
Mas será que a iniciação consiste somente naquela cerimônia do primeiro dia? Com certeza, a resposta é NÃO. A iniciação envolve todo um processo no qual o iniciado vai galgando degrau por degrau durante toda sua vida maçônica.
O verdadeiro maçom é aquele que busca extrair dos postulados da Ordem, os ensinamentos de que carece para sua evolução. Infelizmente, muitos maçons esperam que após a sua iniciação, lhes sejam abertos a cabeça e lá colocado vários tonéis de conhecimentos. Muitos maçons têm a ilusão de que com a iniciação, lhes seja revelada uma fórmula mágica que propicie uma mudança radical em sua vida. E isso, evidentemente, é só uma ilusão. A verdade é que os fatos não acontecem dessa forma.
Devemos reconhecer que existem falhas por parte das Lojas. E elas não são poucas. Por outro lado, notamos que existe uma grande apatia de parcela significativa de maçons em procurar conhecer a Maçonaria profundamente. E a forma de fazê-lo é só através da leitura, do estudo persistente. Observa-se uma situação peculiar nessa questão: quem já está dentro há mais tempo, não possui os conhecimentos necessários a uma boa orientação aos neófitos e estes por sua vez, não sendo bem orientados, tendem a seguir o comportamento dos mais velhos. É aquela velha máxima que diz que“o homem é um produto do meio”. O verdadeiro maçom é aquele que busca conhecer a Ordem a que pertence sem esperar que os outros o façam por ele.
Por outro lado, devemos compreender que se queremos ser verdadeiramente maçons, não podemos ficar somente observando as falhas dos outros. Se ingressamos na Ordem e deparamos com um ambiente que não corresponde à expectativa que tínhamos certamente que o caminho mais correto não é o de abandoná-la, ou pior ainda, continuar fazendo parte da mesma, porém de forma indiferente. O procedimento correto do verdadeiro maçom é procurar se evoluir e tentar, através de seus conhecimentos, buscar iluminar aqueles menos interessados. Se cada um de nós procurar agir dessa maneira, com certeza estaremos construindo uma Maçonaria muito melhor, formando melhores maçons e por conseqüência, contribuindo para a melhoria da sociedade como um todo. É fácil reconhecer um maçom desinteressado: ele está sempre reclamando que a sessão está demorando e que precisa ir embora por um motivo ou outro; ele sempre encontra razões em não colaborar com os afazeres da Loja.
Assim, um dos preceitos básicos que devemos observar é o da tolerância. Sem a tolerância não haverá companheirismo. Para haver tolerância e companheirismo, é necessário muita humildade e respeito. Talvez resida aí o primeiro passo que devemos dar para a nossa mudança interior, da qual falamos linhas acima. Tolerância não significa conivência. Devemos sim, ser tolerantes com as falhas dos Irmãos, com todos os seus defeitos e fraquezas, jamais com a preguiça e a indolência.
Falamos também acima, que devemos colocar AMOR em toda empresa de que participarmos. Então, quando participamos de uma sessão maçônica, devemos fazê-lo com a maior boa vontade possível. Ao nos dirigirmos para a Loja a fim de assistirmos os trabalhos, devemos procurar ter pensamentos nobres e sublimes. Só assim estaremos contribuindo para a formação de uma corrente positiva dentro do templo, e por conseqüência, auferindo os benefícios que dela advém. Essa corrente de pensamento positivo é a chamada EGRÉGORA MAÇÔNICA. Os Irmãos certamente já experimentaram a sensação de paz que existe em determinados locais, principalmente em templos religiosos ou outros lugares onde não exista a presença de energias negativas. É justamente esse ambiente de paz e serenidade que devemos procurar proporcionar em nossas reuniões.
Conforme prevê a nossa Constituição, “a Maçonaria pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever”.
A Maçonaria propaga e defende a VERDADE  como simples verdade. Assim, se o maçom busca sua mudança interior, o primeiro preceito que ele deve procurar desenvolver é o da verdade. Verdade sobre si mesmo e para consigo mesmo. Será se o motivo alegado para faltar a uma sessão é o verdadeiro? Será se estamos doando de nós tudo o que podemos em benefício de nossa Loja, em benefício do grupo a que pertencemos, ou seja, em benefício de nós mesmos? Vale à pena meditar sobre isso.
Se cada um de nós fizer a sua parte, com certeza, os resultados nos surpreenderão a todos. Alguém já disse que “o todo é muito maior do que a simples soma das partes”.

Postado pelo Ir: Cícero Carvalho.
             Autor Ir.:JOSÉ ALVES FRAGA
             Extraído do Site do GOEG


O SABIÁ DO MEU TEMPO

REFLEXÃO
                           
O tempo está mudando!
O tempo está mudando!
Todos falam a respeito das
Mudanças que atualmente
Ocorre no mundo.
Seca terrível em Bagé
Chuva de granizo no interior de
Alagoas, inundação na Índia e na.
Inglaterra.
Na china, o rio Yang Tsé da.
Florescem fora de época.
Queimadas mudam o ciclo migratório
Das aves. Geleiras seculares desabam
Como um sorvete de flocos derretendo
Ao sol.
A primavera não tem mais o seu
Esplendor de sempre e o outono
Continua florido mesmo com as folhas
Secas voando em todas as direções.
O domingo é calmo e frio.
O sol aparece ainda sonolento, por.
Trás da montanha do Velho Duca. Um
Sabiá solitário e triste solta um soluço de
Saudade querendo mudar o tempo,
Pensando mudar os homens.
Acordo com um gorjeio mavioso
Que entra pela claraboia do nosso rancho.
Nesse momento me transporto para
O sitio do limoeiro, do outro lado do rio.
Bacanga dos meus cinco anos. Na cerca de
Pau-a-pique da nossa casa, no mourão.
Principal, um sabiá madrugador ensaiava.
A sua sonata para a namorada distante.
Có-ló-diã.. có-lo-diã...có-lo-diã...
Era como ele cantava e a mamãe logo me
Dizia, com suas palavras doces de mulher.
Da roça; teu sabiá está te chamando, ele.
Quer comida! Eu corria, pegava um punhado.
De arroz com casca e jogava para ele. Por
Uns minutos ele parava o canto e passava
A degustar o meu arroz.
De papo cheio, alça voo para um galho.
Mais alto, e como se tivesse agradecendo o.
Lanche voltava ao canto e depois desapare-
Cia entre as arvores.
O Sabiá de hoje, não é mais o sabiá da.
Minha infância. O tempo de hoje, nem de.
Longe se parece com os meus primeiros janeiros.
Dizem que as coisas boas da infância nos
Acompanham por toda a vida. É esse sabiá
Saudoso dos “cantares destes tempos”, que.
Vem acordar cantando.... O sabiá do meu tempo.

Postado por : Ir.: Cícero Carvalho
Autor : Ir.: Innocêncio Viegas

A Maçonaria na Terra Santa

 

Onde judeus, árabes e cristãos são irmãos.


-Vivendo em Israel há cinqüenta anos, Leon Zeldis, Cônsul Honorário do Chile em Tel Aviv, já ocupou o mais alto cargo da Maçonaria israelense. Ele assinala que não existe impedimento entre o Judaísmo e a Maçonaria. E mais: rabinos e hazanim (oficiantes cantores das sinagogas) pertencem a Ordem, e na cidade de Eilat, no extremo sul do país, na fronteira com o Egito, uma loja maçônica chegou a funcionar em uma sala da Yeshivah (escola religiosa para formação de rabinos). “A Maçonaria Israelense é um exemplo de convivência e tolerância”, destaca Zeldis.

 “O que procuramos mostrar é que é possível conviver, judeus, árabes e cristãos, como irmãos.”
Por um mundo melhor.

Existem várias maneiras de ajudar ao próximo. Ser maçom é uma delas. Para Leon Zeldis Mandel, 80 anos, título de “Grão-Mestre, Soberano Grande Comendador, Grau 33”, a Maçonaria não melhora o mundo, mas os maçons, sim. Nascido na Argentina, Zeldis viveu no Chile, formou-se engenheiro têxtil nos Estados Unidos e fundou, em 1970, a primeira loja maçônica de Israel de língua espanhola. Escritor, poeta e conferencista, é autor de 15 livros e de mais de 150 artigos e ensaios publicados em diversos idiomas. Seus livros, "As Pedreiras de Salomão", "Estudos Maçônicos" e "Antigas Letras" foram traduzidos para o português. Também é membro honorário da Academia Maçônica de Letras de Pernambuco.

Residindo em Israel desde 1960, Zeldis foi presidente do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo de Israel. Suas atividades como conferencista e profundo conhecedor da história da Maçonaria o levaram às principais cidades da Europa e do continente americano. No Brasil participou do Congresso Internacional de História e Geografia Maçônica, realizada em Goiana (1995). Foi distinguido como membro honorário dos Supremos Conselhos da Turquia, Itália, França e Argentina.

Com dois mil membros, a Maçonaria em Israel foi oficializada em 1953, mas desde o século XIX os maçons estão na Terra Santa. Em 1873 foi instalada a primeira loja regular em Jerusalém. Depois, em 1890, outra loja foi constituída em Jaffa. Atualmente, setenta lojas funcionam em Israel, desde Naharía, ao norte, até Eilat, com um número apreciável de irmãos árabes (cristãos e muçulmanos), funcionando em seis idiomas, além do hebraico e do árabe.
Em 2007 mantive contato com Zeldis que falou um pouco mais sobre a Maçonaria e os judeus.

A Maçonaria existe desde os tempos de Moisés ou é ainda mais antiga?

- As lendas maçônicas estão baseadas na época da construção do Templo de Jerusalém pelo rei Salomão e depois na sua reconstrução pelos judeus que regressaram do exílio da Babilônia. Mas, para a Maçonaria, tudo isso não passa de histórias mitológicas. O certo é que existiram na Europa associações de construtores medievais (maçons operativos) e somente no século XVII começaram a ingressar nas lojas pessoas que não eram trabalhadores de construção. Finalmente, no início do século XVIII as lojas já eram totalmente simbólicas (maçons especulativos). Depois da fundação da primeira Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, a Maçonaria Simbólica e Especulativa se propagou rapidamente pela Europa e por todos os países onde existia a liberdade de consciência.


Quais sãos as principais atividades sociais e humanitárias das lojas?

- A Grande Loja realiza diversas obras de beneficência, mas, além disso, cada loja se preocupa em fazer trabalhos que sejam bons para a comunidade. Minha loja, “La Fraternidad 62”, de Tel Aviv (que trabalha em espanhol), nos últimos anos tem enviado material médico a hospitais, bicicletas a meninos etíopes e também fez uma importante doação para uma instituição que cuida de crianças com problemas familiares. A Ordem também financia bolsas de estudos para estudantes pobres e presta ajuda a instituições de assistência aos cegos, entre outras ações.

Como a sociedade israelense vê a Maçonaria?
- Em geral, a Maçonaria é pouco conhecida em Israel, porque as nossas atividades beneficentes são feitas com discrição, sem publicidade. Todavia, personalidades importantes da sociedade israelense são ou foram, no passado, maçons, incluindo aí juízes, médicos, prefeitos e outros. O fundador da escola agrícola Mikveh Israel (a primeira escola agrícola judaica moderna implantada na terra de Israel, em 1870), Carl Netter, era maçom, assim como também foram o prefeito de Haifa, Shabetay Levy (trabalhou para o Barão de Rothschild e foi prefeito de Haifa entre os anos de 1940 a 1951) e Itamar Ben Avi (jornalista e escritor ajudou a concluir o Dicionário da Língua Hebraica). Todos são nomes de ruas em Israel.

É possível ser maçom e praticar o judaísmo convencional?

- Não existe nenhum impedimento entre o Judaísmo e a Maçonaria. Nós temos na Ordem rabinos e hazanim, e o ex-Grão Rabino do país, Israel Lau (sobrevivente do campo de concentração de Buchenwald), apesar de não ser maçom, assiste as nossas festividades e realiza conferências em nossas lojas. Em Eilat, durante algum tempo, a loja funcionou em uma sala da Yeshivah local. O rabino também era maçom. Na história recente, os Rabinos Chefes da Inglaterra e da África do Sul eram ambos maçons.

Qual é a visão dos judeus maçons acerca da situação política do Oriente Médio?

- A Maçonaria israelense – seguindo a tradição das lojas da Inglaterra e da Escócia - não tem nenhuma interferência na política. O que procuramos demonstrar é que é possível conviver em paz, árabes e judeus, tratando-se com afeto, como irmãos.

Qual é a importância da cidade de Jerusalém na Maçonaria?

- A cidade de Jerusalém e seu Templo têm um papel central nas tradições maçônicas. Nas escavações realizadas nas bases do muro ocidental, o arqueólogo Warren descobriu uma sala que acreditava ser um templo maçônico. Outros arqueólogos têm contestado esta suposição, porém o fato é que no centro da sala existe uma coluna de mármore branca que não chega ao teto, ou seja, não tem nenhum propósito estrutural. Quando Warren explorou este recinto, havia duas colunas, como nos templos maçônicos (o inglês Charles Warren conduziu importantes escavações em Jerusalém, entre 1867 a 1870).

A Maçonaria ajudou na Independência de Israel?

Qual é a relação entre a Maçonaria e os Essênios que habitavam as cercanias do Mar Morto, 150 anos antes da Era Comum?

- Existem certos aspectos dos Essênios, como o processo de ingresso e a ordem nas reuniões, que guardam algumas semelhanças com a Maçonaria, mas não existe nenhuma relação direta.


Qual foi a contribuição do Judaísmo à Maçonaria?

- Quase todas as palavras de acesso e chaves secretas da Maçonaria são palavras hebraicas. Além disso, a relação com o Templo de Jerusalém é fundamental na Maçonaria. No entanto, é preciso dizer claramente que a Maçonaria não é uma religião e não está ligada ao Judaísmo, a não ser por tradições que eu já mencionei e o uso de palavras hebraicas.

Como a Maçonaria avalia as campanhas transnacionais anti-Israel por parte da mídia e ONGs de todos os tipos?

- A ignorância e o preconceito são difíceis de combater quando são financiados por inimigos do progresso e da democracia. O exemplo mais contundente de ignorância e fanatismo cego é o constante uso do “Protocolos dos Sábios de Sião” para atacar tanto o Judaísmo como a Maçonaria, apesar de que faz mais de um século que se demonstrou de forma indiscutível de que

se trata de uma fantasia antissemita, baseada em um livro de um escritor francês (Joly) e de um novelista alemão (Goedsche), escrita por um agente da Okrana (polícia secreta do Czar), em Paris. Não importa quantas vezes se tem demonstrado a falsidade do livro, mesmo assim ele vem sendo publicado nos países árabes e em outras partes do mundo. Não há outro remédio do que seguir contestando as mentiras - com a esperança de que a verdade finalmente triunfe – e educando as novas gerações nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
Desafios do Século XXI.

Em seu livro “Antigas Letras”, Zeldis defende alguns aspectos que devem mobilizar a atenção da Maçonaria no século XXI, no tocante a sua importante função na sociedade contemporânea. A ênfase na educação (laica e maçônica) é vital, segundo Zeldis, para melhorar a sociedade e o indivíduo. “A importância da educação está precisamente em adquirir a capacidade de julgar, categorizar, classificar e avaliar a qualidade da informação recebida, não somente pelo seu conteúdo textual, mas também do ponto de vista ético e teleológico.” A simples transferência de informações pode se constituir, na maioria das vezes, em um armazenamento de conhecimentos que oprime e sobrecarrega o ser humano, impedindo-o de analisar e refletir sobre o essencial escreve Zeldis. E cita o filósofo alemão Friedrich Krause (1781-1832), para quem a educação é algo que a grande parte das pessoas recebe, muitos transmitem, mas muito poucos têm. “O que equivale a dizer que muitíssimas pessoas sabem ler, porém são incapazes de reconhecer o que vale a pena ler”, conclui o autor.

Maçons Ilustres:

Elaborada pela loja São Paulo 43 – fundada em 1945 e que desenvolve importantes projetos na área social - a listagem relacionando os maçons ilustres de vários países inclui o nosso entrevistado, o portenho Leon Zeldis, nesse grupo seleto de pessoas que “fizeram da virtude a sua principal causa na vida.” Ao lado de José de San Martin, libertador da Argentina, Chile e Peru. Entre os brasileiros, destacam-se os maçons Rui Barbosa, D.Pedro I, Padre Diogo Antônio Feijó, Deodoro da Fonseca, Luiz Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco), Carlos Gomes, Epitácio Pessoa, José do Patrocínio, Benjamim Constant, Casimiro de Abreu, Joaquim Rabelo e Caneca (Frei Caneca), Oswaldo Aranha, Nelson Carneiro e Evaristo de Morais. Em relação aos maçons de Israel, dois nomes são listados: Menachem Begin e Itzhak Rabin, ambos primeiros-ministros e ganhadores do Prêmio Nobel da Paz (1978 e 1994). O rei Talal Hussein, da Jordânia, e Abd El-Kader, fundador do estado da Argélia, são os maçons ilustres dos países árabes.
Maçons no Museu do Holocausto.

O Museu do Holocausto, em Washington (United States Holocaust Memorial Museum), inaugurado em 1993 com a finalidade de preservar a memória do mais trágico momento vivido pela humanidade no século XX, coloca à disposição dos visitantes documentos e fotos que contam a história da Maçonaria sob o regime nazista da Alemanha.
A perseguição teve início em 1933, quando o governo alemão emitiu decreto visando à dissolução voluntária das “lojas”. Um ano depois, aquelas que ainda não tinham sido fechadas, foram forçadas pela Gestapo (polícia secreta do partido nazista) a encerrar as suas atividades. Ainda em 1934, outro decreto definia a Maçonaria como “hostil ao Estado” e ilegal.
Apertando o cerco, o serviço de segurança das SS (polícia nazista), comandado por Reinhard Heydrich, criou um setor especial – a Seção 2/111 – voltado para a aniquilação da Maçonaria e de seus membros. Uma campanha difamatória ligando os maçons a teorias conspiratórias se estendeu por todos os países da Europa sob o domínio da Alemanha Nazista. Em 1940, a França ocupada declarou os maçons inimigos do Estado, pondo a polícia para vigiá-los e prendê-los, e emitindo cartões de identificação semelhantes à estrela amarela dos judeus.
É difícil saber o número exato de maçons mortos em campos de concentração, porque muitos foram arrolados como opositores ao governo ou associados aos focos de resistência ao nazismo nos países invadidos. Atualmente, calcula-se que existem 6 milhões de maçons em 164 países (58% nos Estados Unidos), sendo que o Brasil congrega, aproximadamente, 150 mil distribuídos em 4.700 “lojas” de um total de 9 mil instaladas em toda a América do Sul.


Postado pelo Ir.: Cicero Carvalho
Autor: Sheila Sacks
Retirado do site: Grande Oriente do Brasil