sábado, 17 de setembro de 2011

NÓS E A MAÇONARIA NO SÉCULO XX

 Para entendermos a Maçônaria no século XX, ou mais precisamente, a atuação dos Maçons nos dias contemporâneos, necessário se rebuscarem com bastante zelo investigativo a historia de nossa Sublime Instituição. Duas fases a dividem: A Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa. Maçonaria Operativa era aquela dos pedreiros livres, dos mestres construtores, trabalhadores especializados, onde, a lenda viva, espelha a construção do Grande Templo físico de Salomão. Maçonaria Especulativa emerge com o arvorecer de uma nova era chamada renascença o reforma no século XV, época em que a atividade cultural e o desencadeamento de um novo e vital espírito de liberdade ganham maiores e melhor terreno e se ampliam do velho mundo para outros horizontes da terra. E já, no decorrer do século XVIII, a especulação firma-se no seio da Maçonaria e esta praticamente deixava de ter seu caráter puramente operativo para também passar a ter tendências filantrópicas. As lojas começaram a se legitimar e a se congregar em 1717, formando em número de quatro, as Grandes Lojas da Inglaterra, unificando os Rituais e os regulamentos em 1723, Um marco decisivo na historia da humanidade, foi à queda da bastilha, na França, quando a Maçonaria desfralda a Bandeira da liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, até então, cultivada no âmago das aspirações de toda sociedade. A despeito de várias perseguições, de maneira constante e drástica, a nossa Sublime Ordem, sofreu uma série de transformações de caráter apenas estrutural através dos tempos em que a evolução humana fez-se natural. É licito afirmar-se que mesmo com as intempéries da vida, a Maçonaria não perdeu a sua essência, permaneceu pura, justa e perfeita. Agora, no século XX, a humanidade sofre continuadas atribulações no campo social, econômico, intelectual, moral, religioso e finalmente em todos os setores que a atividade humana se faz presente. A sobrevivência de cada ser é ameaçada por tudo e por todos que lhe cercam. Sente que, da justiça, da paz, do dever e da fidelidade que são reflexos do bem, só restam traços que perdem no infinito das admirações. Século XX, em que as forças do mal se agigantam de tal maneira, que até nos faz duvidar mesmo so o bem existe. Século XX, onde a fé e a esperança de um mundo melhor estão sendo lançadas pelas calçadas escusas e sujas das degradações humanas e a espiritualidade, cada vez mais distante, é fator de mediocridade em nosso meio estupidamente materialista. E tudo isso se faz ressentir em nossa Ordem. E de quem é a culpa? É nossa! A Maçonaria é sublime em seus preceitos imutáveis. Nós homens é que nos cobrimos muitas vezes com o manto negro da vaidade e do orgulho e desfilamos na passarela da miséria, da corrupção, da decadência moral e somos iludidos pelo encher dos olhos do materialismo esdrúxulo. Nós falamos muito e cumprimos pouco. Enfim, nós somos tão imperfeitos que merecemos viver nesse mundo de vandalismos no seu sentido mais amplo. Existe uma solução: A Fidelidade! Só ultrapassaremos todos estes abismos que o século XX nos apresenta, só poderemos transpô-los, se formarmos, de maneira coesa, uma corrente inquebrantável de amor, paz e fidelidade para que o real fluxo de solidariedade seja constante em todas as direções. Entendemos que a solidariedade deverá ser a senha dos nossos dias para que a nossa instituição não seja enfraquecida, não tenha que se envergonhar diante do Universo. Que seja forte e lembrada como até hoje o é. Mas, para mantermos o bom nome da sublime Ordem, cabe a cada um de seus Obreiros, depositarem o seu quinhão de fraternidade para a construção de uma Catedral de Amor, onde, os tijolos sejam de virtude e a argamassa seja de solidariedade.


Apresentado p/ Ir.: Cícero Ivan de Carvalho ----  em .13./ Outubro./.2009
ARLS Mensag. Da Arte Real    N. 3.189               Oriente de Águas Lindas de Goiás- GO
Bibliografia: Paginas Floridas da Estrela do Triangulo
Trabalho Publicado Pelo Ir.: Samir Idaló em 23 de julho de 1982
Postado pelo Ir.: Cícero Carvalho

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